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Introdução
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro desenvolve duas ações de responsabilidade socioambiental.
Desde 2004, o Serviço de Educação Ambiental (SEA) vem atuando em parceria com a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), do Ministério do Meio Ambiente. A A3P é uma ação que se propõe implementar uma gestão ambientalmente saudável das atividades administrativas e operacionais do Estado, com adoção de critérios ambientais que reduzam impactos ao meio ambiente e contribuam para a mudança dos padrões atuais de produção e consumo da sociedade rumo à sustentabilidade socioambiental.
O Jardim Botânico promove, ainda, o desenvolvimento de ações relacionadas às questões de formação de recursos humanos, sociais, culturais, científicos e ambientais. O Centro de Responsabilidade Socioambiental tem como missão promover a implementação de ações do JBRJ relacionadas às questões sociais, científicas e ambientais, bem como a formação de recursos humanos e inclusão sociocultural. É um compromisso permanente na adoção de posturas e ações éticas que contribuem para o desenvolvimento ambiental, social e econômico global.
A instituição tem uma longa tradição nessa área. Na década de 1860, quando foi inaugurada a escola que tinha por nome “Asilo Agrícola da Fazenda Normal”, as primeiras experiências de profissionalizar em técnicas agrícolas os órfãos de idades entre 9 e 24 anos oriundos da Santa Casa de Misericórdia. Uma vez no Jardim, esses jovens dedicavam-se às atividades práticas e ao aperfeiçoamento das mais modernas técnicas de plantio da época, sendo preparados para administrarem fazendas próximas. Assim começava a atuação do Jardim Botânico no campo da formação de jardineiros profissionais dos socialmente excluídos.
Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P)
Em 30 de agosto de 2009 aconteceu no Jardim Botânico a formalização do Termo de Adesão à A3P celebrado entre o Ministério do Meio Ambiente e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, ato que estreitou, ampliou e fortaleceu os esforços entre o ministério e o Jardim Botânico para o desenvolvimento do Programa A3P no âmbito da instituição. A implantação da Agenda Ambiental depende necessariamente do comprometimento dos gestores e servidores públicos, aos quais cabe aceitar o desafio de criar uma cultura institucional e ambientalmente sustentável. Os benefícios esperados são a redução do desperdício e minimização de impactos ambientais, a economia dos recursos naturais e dos bens públicos, a mudança de hábitos dos servidores públicos e a melhoria da qualidade de vida no trabalho com a adoção de atitudes e procedimentos ambientalmente corretos.
Legislação
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 244, de 6 de JUNHO de 2012 - institui o Projeto Esplanada Sustentável - PES, cuja finalidade é integrar ações que visam à melhoria da eficiência no uso racional dos recursos públicos e à inserção da variável socioambiental no ambiente de trabalho.
Instrução Normativa SLTI nº 10, de 14 de novembro de 2012 - Estabelece regras para elaboração dos Planos de Gestão de Logística Sustentável de que trata o art. 16, do Decreto nº 7.746, de 5 de junho de 2012, e dá outras providências.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 448, DE 18 DE JANEIRO DE 2012 - Revisão da Resolução CONAMA nº 307/2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.
Instrução normativa nº 13, de 18 de dezembro de 2012
Decreto nº 7.746, de 5 de junho de 2012 - Regulamenta o art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, para estabelecer critérios, práticas e diretrizes para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável nas contratações realizadas pela administração pública federal, e institui a Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração
Pública – CISAP.
Decreto n º 7.404, de 23 de dezembro de 2010 - Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências
Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 - "Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências".
Instrução Normativa nº1, de 19 de janeiro de 2010 - Dispõe sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências.
Portaria 107/2009 - A representação do suplente da Diretoria de Ambiente e Tecnologia na Comissão Permanente de A3P/JBRJ, instituída pela Portaria JBRJ nº 074/2009, será efetuada pelo servidor GUSTAVO KLOTZ TATO, em substituição ao servidor José Roberto Melo Santos.
Portaria 74/2009 - Instituir e nomear a Comissão Permanente da A3P/JBRJ, com o objetivo de implementar ações institucionais de melhoria do desempenho ambiental previstas no projeto “Uso Racional dos Nossos Recursos – A3P/JBRJ”, e garantir a representatividade institucional junto aos diversos atores públicos envolvidos no tema.
Portaria 98/2009 - "Constitui a Comissão para Coleta Seletiva Solidária no Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – CCSS/JBRJ, conforme o previsto no Decreto nº. 5.940, de 25 de outubro de 2006."
Resolução CONAMA n º 401/2008 - “Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências."
Portaria n º 61, de 15 de maio de 2008 - "Estabelecer práticas de sustentabilidade ambiental a serem observadas pelo Ministério do Meio Ambiente e suas entidades vinculadas quando das compras públicas sustentáveis e dá outras providências."
Decreto n º 5.940, de 25 de outubro de 2006 - "Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências."
Decreto n º 4.131, de 14 de fevereiro de 2002 - "Dispõe sobre medidas emergenciais de redução do consumo de energia elétrica no âmbito da Administração Pública Federal."
Resolução CONAMA n º 307/2002 - "Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil."
Decreto n º 2.783, de 17 de setembro de 1998 - "Dispõe sobre proibição de aquisição de produtos ou equipamentos que contenham ou façam uso das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio - SDO, pelos órgãos e pelas entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências."
Decreto nº 99.658, de 30 de outubro de 1990 - "Regulamenta, no âmbito da Administração Pública Federal, o reaproveitamento, a movimentação, a alienação e outras formas de desfazimento de material."
Dicas
SOBRE AS LÂMPADAS
• Você sabe como uma lâmpada fluorescente opera?
As lâmpadas fluorescentes são lâmpadas de descarga em baixa pressão, o tubo de vidro é preenchido com gases inertes e uma pequena quantidade de mercúrio. A parede de vidro é coberta por uma camada de fósforo e nas extremidades do tubo há eletrodos. Quando a descarga elétrica flui entre as extremidades da lâmpada, o vapor de mercúrio emite radiação UV, que quando se depara com o fósforo, faz com que este passe a emitir luz visível. A tonalidade da luz é obtida através de diferentes composições do pó fluorescente.
• De quais materiais são feitas as lâmpadas fluorescentes?
Elas são compostas basicamente por quatro elementos: vidro, soquete (plástico ou metálico), pó (poeira fosforosa) e mercúrio.
• Quais são os principais tipos de lâmpadas e suas diferenças?
Lâmpadas Incandescentes
São as lâmpadas mais antigas, que todos nós já tivemos ou ainda temos em nossas casas. Por ser de baixa eficiência(gastam muita energia para produz muito calor e um pouco de luz - apenas 5% da energia elétrica consumida é transformado em luz, os outros 95% são transformados em calor), estão sendo substituídas pelas Lâmpadas Fluorescentes.
Uso: Em residências – para iluminação geral (em pendentes, plafons, lustres), iluminação decorativa ou de efeito (abajures, arandelas, luminárias de piso), os modelos de lâmpadas espelhadas são para o uso em spots, para que a luz não seja desperdiçada. Também estão presentes na iluminação interna de fogões e geladeiras.Temperatura de Cor: luz amarela, ideal para áreas que não utilizadas para trabalho e sim para áreas de descanso.
Lâmpadas Halógenas
Também são consideradas lâmpadas incandescentes, mas por conter substâncias halógenas na composição, ficaram assim conhecidas. Elas são divididas em 2 grupos: para serem utilizadas em tensão de rede 100v ou 200v – onde são consideradas de baixa eficiência, mas superiores as lâmpadas incandescentes comuns, e para serem utilizadas em redes de baixa tensão – 12v (obrigatório o uso de transformador), onde apresentam alta eficiência.
Uso: Para descartar objetos ou uma determinada área. Pois apresentam alto controle do facho de luz. Indicadas para residências e comércios, podem ser utilizadas em pendentes, lustres e em spots embutidos. Alguns modelos estão disponíveis em diferentes cores.
Lampadas Fluorescentes
Hoje em dia são as mais conhecidas e indicadas para o uso, pois apresentam alta eficiência e baixo consumo de energia. Seu acendimento é automático devido ao reator que já faz parte da lâmpada.
São comercializadas em 3 modelos.
- Tubular: as mais comuns e mais antigas das fluorescentes, é necessário o uso de reatores eletrônicos externos.
- Compacta eletrônica: seu acendimento é automático devido ao reator que já faz parte da lâmpada.
- Compacta não integrada: não apresenta o reator acoplado a lâmpada.
Uso: Substituem perfeitamente as lâmpadas incandescentes, portanto, é o modelo para iluminação geral, em residências e comércios (em pendentes, plafons, para iluminação decorativa ou de efeito (abajures, arandelas, luminárias de piso). Os fabricantes tem investido bastante nas lâmpadas fluorescentes, onde podemos encontrar em diversas cores e até mesmo a luz negra, tanto nos modelos compactos como nos tubulares. A maioria das pessoas conhece a lâmpada de luz fria – branca ou azulada - , mas também podemos encontrar modelos com temperaturas de cor baixa, que apresentam cor amarelada, semelhantes à luz da lâmpada incandescente comum.
Lâmpadas de Descargas
Uma descarga (de alta pressão) elétrica entre os eletrodos leva os componentes internos (gases sódio, xênon, mercúrio – cada modelo lâmpada de descarga apresenta um tipo de gás) do tubo de descarga a produzirem luz. Este tipo de lâmpada leva de 2 a 15 minutos para que se acenda por completo e necessitam de reatores eletrônicos para sua ignição (acionamento) e operação (manter-se ligada). Apresenta baixo consumo de energia e a luz produzida é extremamente brilhante, possibilitando a iluminação de grandes áreas, além de serem compactas – lâmpadas relativamente pequenas.
Há 5 modelos de lâmpadas de descarga
- Multivapores Metálicos
- Vapor de Sódio
- Vapor de Sódio – branca
- Vapor de Mercúrio
- Lâmpadas mistas
Uso: são utilizadas principalmente na iluminação interna de grandes lojas, galpões, fábricas, em vitrines de lojas e na iluminação de áreas externas (postes de ruas).
LED’s – Lighting Emitted Diodes
Consideradas as lâmpadas mais modernas – produtos de última tecnologia. Convertem energia elétrica diretamente em energia luminosa, através de chips pequenos. É um produto ecologicamente correto, pois seu consumo de energia é muito baixo e apresenta uma vida extremamente longa; utilizam baixa tensão de rede (10v ou 24v), logo necessitam de transformadores para converterem a energia. Devido à alta eficiência e baixo consumo estão substituindo as lâmpadas fluorescentes no uso comercial.
Uso: Iluminação de destaque em ambientes residenciais e comerciais. Podem ser utilizadas em spots (sobre bancadas, objetos decorativos), arandelas (criar efeitos na parede), balizadores (iluminação de corredores e escadas) e na iluminação de fachadas.
• O que devo fazer com as lâmpadas fluorescentes quando elas queimam? Onde descartar?
Você deve armazenar adequadamente, evitando quebra, e descartar em pontos de coleta pré-estabelecidos, sejam eles lojas, comércio em geral, ecopontos ou diretamente com a Apliquim Brasil Recicle (apenas empresas/Pessoas Jurídicas).
• Como as lâmpadas devem ser armazenadas?
Você deve acondicionar as lâmpadas fluorescentes queimadas em caixas de papelão, preferencialmente nas embalagens originais. Tomando essa providência, além de reduzir o risco de quebra de lâmpadas, você agiliza a operação de descarga em nossa fábrica. Também, é possível acomodar essas caixas dentro de um contêiner adequado (metálico ou de madeira).
Importante:
- Não embalar as lâmpadas individualmente, pois este processo dificulta seu processamento.
- Nunca quebre a lâmpada para acondicioná-la, ao quebrar, a lâmpada estará liberando vapor de mercúrio.
• Quais tipos de lâmpadas podem ser recicladas?
Todos os tipos de lâmpadas podem ser recicladas, mas são processos distintos, de diferente complexidade técnica, porém todos com a finalidade de separar os componentes das lâmpadas para que sejam encaminhadas para
reciclagem.
• Qual a legislação brasileira sobre o descarte de lâmpadas fluorescentes?
As legislações são relacionadas a dois aspectos:
1º) O armazenamento, transporte, e destino final: Como as lâmpadas contendo mercúrio são consideradas resíduos perigosos Classe I (NBR 10.004/04), atribui-se a responsabilidade do seu descarte a quem as gera. Isto significa que as empresas e organizações em geral possuem responsabilidade sobre a forma de armazenamento, transporte, e especialmente sobre a forma de destinação final das lâmpadas. Para cada etapa deste gerenciamento ambiental existe
uma série de normas técnicas e legislações, que configuram procedimentos específicos que devem ser adotados. Portanto, as lâmpadas devem ser armazenadas de forma a evitar sua quebra, transportadas em veículos especiais e licenciados pelos órgãos competentes, e quem as recebe, também deve possuir licenciamento ambiental e outros critérios técnicos atendidos.
2º) A responsabilidade dos fabricantes e importadores, e demais participantes da cadeia de distribuição: através de políticas e legislações, instituiu-se a responsabilidade pelo descarte das lâmpadas fluorescentes, a toda cadeia de sua distribuição. Isto significa que desde os fabricantes/importadores, distribuidores e lojistas, e também os consumidores, possuem a responsabilidade de criar uma sistemática de retorno das lâmpadas inservíveis às empresas
especializadas no seu tratamento. Este sistema é chamado de logística reversa, e tem o objetivo de criar uma rede de postos de coletas, armazenamento, e transporte, garantindo a destinação final adequada das lâmpadas. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010
Fonte: sítio eletrônico da Apliquim
Faça-Se a Luz!
17/07/2013 at 11:37
Walace Cestari
Portal do Consumidor
Desde o dia primeiro de julho, o mercado brasileiro somente comercializa lâmpadas fluorescentes compactas de acordo com a nova regulamentação da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia. A etiqueta mudou porque os requisitos foram aperfeiçoados, visando oferecer um melhor produto à sociedade e levar informações mais precisas ao consumidor.
Dentre as mudanças, podem ser destacadas duas questões quanto à durabilidade do produto: a vida mediana de qualquer modelo de lâmpada fluorescente compacta, que são aquelas que apresentam o reator integrado, deve ser de, no mínimo, 6.000h. E mais, a lâmpada não pode sofrer mais que 20% de perda de eficiência energética ao completar 2.000h de vida.
As mudanças também se estampam na etiqueta, que passará a fornecer algumas informações importantes como o fluxo luminoso e a potência, além da eficiência energética, caracterizada pela tradicional escala de cores e letras que varia do verde “A” (mais eficiente) até o vermelho “G” (menos eficiente). Você, se não é formado em física, deve estar perguntando até agora sobre o que significam alguns desses conceitos. Vamos lá.
De forma geral, fluxo luminoso é a quantidade de energia – ou seja, de luz – produzida por uma fonte luminosa e que pode ser percebida pelo olho humano. Essa energia é medida em lúmens (lm) e, nas lâmpadas, quando maior o valor, maior a iluminação que fornece. Veja um exemplo relativo às antigas lâmpadas incandescentes, com valores aproximados:
WATTS / LÚMENS
40W / 450 lm
60W / 800 lm
75W / 1100 lm
100W / 1600 lm
150W / 2600 lm
Alguns fabricantes podem também informar a intensidade luminosa, medida em candela (cd), que representa a concentração de luz em uma direção específica. A relação entre candela e lúmen depende do ângulo do feixe de luz, e não oferece uma medida de fácil entendimento. Prefira observar os valores em lúmens, pois são mais simples de compreender.
Outra informação muito comum nas embalagens de lâmpadas eletrônicas é a temperatura da cor. Parece estranho, mas o termo é usado para definir o tom que a cor fornece ao ambiente. Nas lâmpadas, essa temperatura é medida em kelvin e, quanto mais alta, mais a luz tende aos tons azulados.
Por fim, a eficiência luminosa indica a relação da energia elétrica consumida e sua conversão em luz. Isto significa que representa o valor do fluxo luminoso dividido pela potência da lâmpada. Esse é o índice que classifica a lâmpada nas
faixas coloridas da etiqueta. Quanto mais luz uma lâmpada pode converter a partir da energia, mais eficiente ela é.
Exija a etiqueta nos produtos colocados à venda. Ela é a sua melhor fonte de informação para decidir sobre que lâmpada comprar. Escolha consciente protege o bolso e o meio ambiente. Fique ligado, economize dinheiro e faça-se a luz!
Você conhece a etiqueta de conservação de energia?
10/07/2013
A etiqueta é o Selo de Conformidade que fornece informações sobre a eficiência do consumo de energia dos equipamentos e evidencia o atendimento a requisitos de desempenho estabelecidos em normas e regulamentos técnicos. Dessa forma, você pode avaliar melhor e comprar o produto que consome menos energia, economizando ao escolher produtos mais eficientes.
Dependendo do critério de desempenho avaliado, ela recebe nomes diferentes. Quando a principal informação é a eficiência energética do produto, por exemplo, ela se chama Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, e classifica os produtos em faixas coloridas, em geral de “A” (mais eficiente) a “E” (menos eficiente), além de fornecer outras informações relevantes (como, por exemplo, o consumo de combustível dos veículos e a eficiência na lavagem e no uso da água em lavadoras de roupa).
Outro exemplo de etiqueta é o Selo Ruído, iniciativa coordenada em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, que informa aos consumidores o nível de ruído gerado pelo funcionamento de aparelhos como secadores de cabelo, liquidificadores e aspiradores de pó, permitindo diferenciar aqueles mais silenciosos.
Veja o exemplo da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia para saber como encontrar, de forma geral, as informações que podem influenciar sua escolha pelo produto mais adequado às suas necessidades:
Nesta parte você encontra o tipo de energia classificado pela etiqueta (elétrica ou combustível, tal como o gás, a gasolina e o etanol), o tipo de equipamento (como refrigerador, aquecedor a gás ou automóvel, por exemplo) o nome do fabricante, sua marca comercial ou logomarca.
Aqui você encontra a classificação do equipamento, variando do “A” (mais efi ciente) até a letra correspondente ao menos eficiente (dependendo do produto, pode haver 3, 4 ou mais classes).
Como a eficiência energética é a relação entre o trabalho realizado pelo equipamento e a quantidade de energia consumida por ele no seu funcionamento, essa classificação, na verdade, mostra quais são os equipamentos mais econômicos do mercado.
As cores das faixas variam do verde mais forte, indicando produtos com mais eficiência, aos tons mais alaranjados ou vermelhos, indicando menor eficiência. Lembre-se de que este ranqueamento é válido para comparar equipamentos de mesma categoria.
Como a indústria está sempre implementando melhorias de modo a atender a expectativa dos consumidores por produtos mais eficientes, periodicamente ocorre um acúmulo nas classes superiores da etiqueta. Quando isso acontece, o Inmetro revisa os níveis de eficiência e faz uma nova classificação, preservando, assim, o direito de escolha dos consumidores e o estímulo à competitividade da indústria.
Esta parte da etiqueta fornece a indicação numérica que faz a diferença no seu bolso. Em produtos elétricos, por exemplo, a descrição indica o consumo de energia em kWh por mês (para refrigeradores), por hora (condicionadores de ar) e por ciclo (lavadoras de roupa); em fogões, indica o percentual de rendimento dos queimadores e dos fornos, isto é, a eficiência com que aproveitam o gás para cozinhar e assar os alimentos.
Quer saber quanto custa, por mês, o funcionamento do seu refrigerador? Multiplique o valor do consumo em kWh/mês pelo valor da tarifa elétrica cobrada no seu estado (informado na sua conta de energia elétrica). Também pode indicar a categoria, a tensão elétrica, o modelo e características do produto (o tipo de degelo em um refrigerador, por exemplo).
Por fim, mas não menos importante, algumas informações adicionais são disponibilizadas na etiqueta: o volume do refrigerador, do congelador ou do forno, por exemplo. Também traz informações como a eficiência na lavagem e centrifugação, além da capacidade e o consumo de água de lavadoras de roupa.
Nos automóveis, informa sobre o consumo de combustível na cidade (ciclo urbano) e na estrada (ciclo rodoviário), para gasolina e etanol no caso dos veículos flex.
Quatro itens que você não deve colocar na lata de lixo
9/7/2013
Fonte: www.ecycle.com.br
Itens contêm metais pesados que prejudicam o meio ambiente a saúde das pessoas
A reciclagem está se popularizando. Grande parte das pessoas sabe que não é correto se desfazer de eletrônicos, lâmpadas outros itens de produção complexa simplesmente ensacando-os para que os caminhões de lixo os levem aos lixões. Isso porque muitos deles contêm metais pesados em sua composição, que podem trazer grandes danos ambientais e também aos seres humanos (veja mais aqui: http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35-atitude/428-mercurio-cadmio-e-chumbo-os-inimigos-intimos-presentes-nos-eletronicos.html).
Mesmo assim, quatro tipos de itens muito usados no dia-a-dia costumam ter o destino convencional. A eCycle relembra, de forma rápida, por que eles devem ser descartados de forma diferenciada:
Baterias - contêm metais pesados contaminantes como zinco, níquel e cádmio (causa problemas gastrointestinais e respiratórios). Há diversos postos que aceitam esse tipo de item;
Eletrônicos - eletroeletrônicos, como televisão, aparelhos de DVD, impressora, laptops, entre outros, não podem ser descartados também devido à presença de metais pesados, como mercúrio, cádmio e chumbo. Use seu aparelho até o fim da vida útil. Após isso, leve todos os que não funcionam a um posto de reciclagem de lixo eletrônico;
Lâmpadas fluorescentes - essas lâmpadas são mais eficientes energeticamente, mas contêm mercúrio - um metal pesado muito danoso à saúde humana (veja mais aqui http://www.ecycle.com.br/component/content/article/44-guia-da-reciclagem/591-fluorescentes-dos-beneficios-aos-perigos.html). O melhor a fazer é procurar postos de coleta específicos;
Tintas - as baseadas em água não são nocivas, por isso podem ser descartadas no lixo comum. No entanto, as tintas à base de óleo, que constituem a maior parte dos produtos disponíveis no mercado, contêm uma série de produtos químicos que necessitam de cuidados na hora do descarte (veja mais aqui http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35-atitude/810-tintas-sao-reciclaveis.html
).
Agora que seu alerta já está ligado, procure na seção Postos de Reciclagem [http://www.ecycle.com.br/postos/reciclagem.php] os melhores destinos para alguns desses itens. Confira também as matérias especiais [http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35-atitude/825-editorial-desvendando-o-destino-complicado.html] sobre produtos de destino complexo!
Novos usos para objetos usados - uma seleção de boas ideias!
28/6/2012
Veja abaixo algumas ideias, extraídas de diferentes sites, que mostram como, com criatividade, é possível reaproveitar e reutilizar materiais e objetos que costumamos jogar fora.
Principais tipos de resíduos secos ou recicláveis
20/4/2012
Papéis: folhetos; formulários contínuos; envelopes; cartolinas; jornais; revistas; cadernos; embalagens; papelão; cartazes; caixinha longa vida; papel laminado; folhas de papel. Todos os papéis devem estar livres de adesivos e fitas crepe.
Plásticos: copos descartáveis de água e café; sacos e sacolas; embalagens PET de água e refrigerante; embalagens de plástico mole; frascos de shampoo e detergente; vasilhas; embalagens de margarina; tampas; tubos de PVC.
Metais: latas (de alimentos) de alumínio e aço; fios; arames; tampas de garrafa; embalagens metálicas de congelados; pregos; tubos de cano e sucatas de metal; grampos; clips.
Vidros: garrafas; copos; cacos; recipientes em geral.
OBS: Todos os materiais recicláveis devem, PREFERENCIALMENTE, estar limpos
Principais tipos de resíduos úmidos ou não recicláveis
Papel carbono; fotografias; papel de fax; papéis sujos; papel toalha; guardanapos; papel higiênico; etiquetas adesivas; fitas crepe e adesiva; papéis metalizados, plastificados, parafinados; papel vegetal e celofane.
• Cabos de panela; tomadas; embalagens com restos de biscoitos, café, balas e doces.
• Latas de aerosol, tinta, pesticida, inseticida; esponja de aço.
• Espelhos; vidros planos; cerâmica; pirex; porcelana; acrílico; isopor.
• Restos de alimentos.
ATENÇÃO: Lâmpadas fluorescentes e incandescentes, pilhas e baterias, possuem materiais tóxicos e não podem ir junto com o lixo comum, nem com o reciclável. Eles são recolhidos e armazenados separadamente para serem encaminhados para um tratamento de descontaminação e reciclagem.
Descarte consciente de medicamentos
1/12/2011
A empresa Brasil Health Service - BHS, de produtos médicos, lançou uma iniciativa chamada Descarte Consciente, para descarte de remédios. Com patrocínio de outras empresas e apoio da USP, UFRGS e da Prefeitura de São Paulo, entre outras instituições, a iniciativa visa minimizar os efeitos e o impacto nocivo do lançamento de medicamentos vencidos no meio ambiente.
No Rio de Janeiro, os postos de coleta estão em unidades da rede Drogas Raia. Para conhecer mais sobre o problema, ver as instruções de descarte e a lista de postos de coleta, visite o sítio eletrônico do projeto: www.descarteconsciente.com.br
Reutilize o verso de folhas em impressoras e copiadoras
23/8/2011
Como fazer?
Retirar grampos ou clipes antes da reutilização das folhas
Colocar a face já usada virada para baixo
Não utilizar folhas amassadas ou rasgadas. Reutilizá-las para rascunhos
Máquinas com 1 bandeja:
- deixar a bandeja das máquinas sem nenhuma folha e fazer a opção adequada no momento da impressão
Máquinas com 2 bandejas:
- bandeja 1 ou superior para folhas novas
- bandeja 2 ou inferior para folhas usadas
Tenha com as folhas usadas o mesmo cuidado que com as folhas novas.
Mantenha nas estufas e/ou nos armários uma separação entre as folhas novas e as usadas.
Não reutilize documentos confidenciais. Estes deverão ser destruídos.
E lembre-se
Procurar sempre usar os dois lados do papel.
Revisar os documentos antes da impressão.
Utilizar sempre que possível meio digital para comunicação e guarda de documentos.
Adotar uma frase ao final de suas mensagens eletrônicas sugerindo ao leitor que verifique a real necessidade de imprimi-las!
Equipamentos eletrônicos sem utilidade serão recolhidos para reciclagem no Rio
15/12/2010 19:12:00
O Fluminense
As estações do metrô na Central do Brasil e Carioca, ambas no centro da capital fluminense, ganharam nesta quarta-feira contêineres para depósito de equipamentos eletrônicos, como celulares, computadores e jogos, que não tenham mais utilidade para a população. A iniciativa é da Secretaria do Ambiente e da Comissão de Ciência e Tecnologia da assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), e foi tomada com base em dados da Organização das Nações Unidas (ONU) de que anualmente quase 100 mil toneladas de equipamentos eletroeletrônicos são descartadas no Brasil.
A instalação dos contêineres faz parte da campanha Natal da EletroReciclagem,que visa a esclarecer os usuários sobre necessidade de reciclar os resíduos eletrônicos. De acordo com o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj, deputado Carlos Minc (PT), a grande quantidade de eletrônicos descartados aumenta os prejuízos ao meio ambiente.
“O Brasil está ingressando na era da reciclagem high tech. Cada uma dessas peças tem um pouquinho de metal pesado, mas são milhões de celulares e computadores [descartados]. Então isso realmente contamina o solo e a água e acaba revertendo contra o sujeito que jogou, aparentemente de forma inocente, no lixo ou no lixão”, disse Minc, explicando que boa parte das peças será levada a São Paulo, para ser desmontada e reciclada.
Uma auditoria será feita para mostrar o destino dos materiais reciclados. Para a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, é necessário dar estrutura para que a reciclagem seja feita por empresas especializadas no estado. “O que falta muitas vezes é um sistema de recolhimento que justifique economicamente a instalação de empresas desse tipo aqui. Nós precisamos aumentar a reciclagem, a coleta seletiva, para que, com grande volume de material de todo tipo, as empresas tenham garantia de insumo pra elas, o lixo reciclável.”
Uma pesquisa feita pela Federação de Comércio do Estado de São Paulo apontou que 30% dos consumidores pretendem trocar seus equipamentos eletroeletrônicos, em 2011. Os contêineres das duas estações estarão aptos a receber os equipamentos sem utilidade até 24 de dezembro.
Em homenagem ao Dia do Servidor Público, seguem 14 dicas para nos tornarmos consumidores mais conscientes
28/10/2010
Marcia Salgueiro M. T. Wenzel
A coleta seletiva vem aí! Separe corretamente o lixo para reciclagem e compacte-o antes de jogá-lo fora. Tirar do lixo materiais que podem ser reciclados traz benefícios à sociedade e ao meio ambiente.
Prefira produtos da estação e não jogue fora as sobras. Reaproveite-as como sopas, recheios ou compotas.
Evite produtos com muitas embalagens.
Compre produtos ambientalmente corretos. Evite os de materiais descartáveis e prefira os feitos de materiais recicláveis.
Escove os dentes com a torneira fechada.
Instale torneiras com sensores automáticos.
Adquira somente o necessário. Quanto menos comprar, menos vai jogar fora.
Leve sua própria sacola ao fazer compras. Evite usar novas sacolas plásticas.
Prefira equipamentos com selo PROCEL.
Priorize as comunicações por e-mail, ao invés de documentos impressos (memorandos, ofícios), fax ou correio normal.
Utilize sempre a opção de impressão frente e verso ou, quando não for possível, reutilize o papel impresso em apenas um lado, para nova impressão ou como folha de rascunho.
Só imprima as páginas que realmente precisa.
Utilize sempre o seu próprio copo ou caneca, evitando o uso de copos de plástico descartáveis.
Repasse os equipamentos eletro-eletrônicos usados ou defeituosos a instituições que saberão dar-lhes uma segunda vida e uso.
Consumidor consciente
13/10/2010
Uso eficiente do chuveiro elétrico
No último dia 21 de julho começou o Inverno e o frio combina com bom agasalho, um banho bem quente… Pensando no banho quente e nos mais de 110 milhões de lares brasileiros que utilizam chuveiro elétrico, listamos algumas dicas importantes para você fazer uso eficiente desse aparelho.
Na Hora da Compra – Como escolher o chuveiro?
Com a infinidade de modelos disponíveis no mercado, fica difícil escolher um modelo que ofereça conforto, melhor preço, segurança e tenha menor consumo de energia sem conhecer um pouco sobre o produto.
Uma ducha segura deve ser procedência c conhecida e é recomendável que ela tenha o selo de identificação do Inmetro na sua embalagem que assegura que aparelho foi construído de acordo parâmetros definidos por normas e regulamento técnicos vigentes e que atende a requisitos de segurança elétrica.
Alem disso, o Inmetro também desenvolveu o Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE como forma de racionalizar o uso de energia no Brasil e o chuveiro é um dos mais de 20 produtos etiquetados pelo PBE, disponíveis no mercado.
A etiqueta de eficiência energética, entre outras informações, indica a capacidade do chuveiro elevar a temperatura da água na potência mínima e máxima do aparelho, o consumo de água e o respectivo consumo médio mensal de energia elétrica.
É importante que fique claro para o consumidor que nem sempre a potência do chuveiro determina se ele é melhor ou pior, essa avaliação depende, na verdade, do clima da sua região. Por exemplo, se você mora no norte do País, onde o clima é mais quente o ano todo, você precisará de uma ducha com potência menor para esquentar a água. Entretanto, se você mora no sul do País, que tem temperaturas mais frias, vai precisar de uma ducha com potência maior para esquentar sua água.
O segredo para comprar de um bom chuveiro é: comparar a classe de potência e quanto cada modelo pode aquecer a água, o quanto cada um consome de energia e decidir qual deles atende melhor às suas necessidades. Não se esqueça de verificar se à voltagem elétrica do aparelho é compatível com a sua instalação.
Outro item importante de considerar antes da compra é a pressão da água na sua residência. Se sua caixa d’água estiver a menos de um metro de altura do chuveiro, a vazão será pequena e prejudicará o seu banho. Nesse caso, o ideal é optar por chuveiros com pressurizadores para aumenta a pressão d’água.
Cuidados com a instalação do chuveiro
Mesmo sendo um produto simples é muito importante ler o manual do aparelho para ter certeza que não deixou escapar nenhuma informação essencial sobre o aparelho.
Cabe lembrar que todo eletrodoméstico acima de 600W de potência deve ter um circuito independente – uma ligação direta e com fiação exclusiva, que vai do quadro de luz (disjuntor ou fusível) até o local do chuveiro.
De acordo com sua potência e voltagem, cada tipo de chuveiro pede uma fiação adequada. Essa informação vem expressa no manual do produto. Cabe ressaltar que fios mais finos do que o exigido pode gerar um superaquecimento que além de desperdício de energia – com o chuveiro esquentando menos água e gastando mais energia elétrica – pode gerar um curo circuito.
Verifique também se a corrente elétrica (medida em ampere) do disjuntor ou fusível está conforme a indicação do manual.
Na hora de fazer a ligação dos fios desligue os disjuntores e siga as instruções do manual do produto ao terminar a conexão mantenha a emenda dos fios protegida dentro da caixa de luz na parede e jamais utilize plugues ou tomadas para ligar o seu chuveiro.
Para evitar ricos de choques elétricos conecte sempre o fio terra. Antes de ligar o chuveiro pela primeira vez, coloque na posição desligado e deixe a água correr por alguns segundos, depois feche a torneira e passe para posição desejada isso evitará que a resistência queime.
Mas lembre que a parte da economia de água e de energia elétrica depende de você, pois banhos demorados geram impactos na conta no fim do mês e para o meio ambiente . O tempo de um banho ideal é de até 8 minutos.
Faça sua parte e tenha um banho quentinho, seguro e responsável nesse inverno!
Fonte: Portal do Consumidor
Trabalhando com os 5 R’s
Reutilize o verso de folhas em impressoras e copiadoras
Quantas sacolas plásticas você recusou hoje?
Disque Óleo Vegetal
Tels. 21 2260-3326 / 7827-9446 / 7827-9449
http://www.disqueoleo.com.br/contato
Existe, no Rio de Janeiro, uma cooperativa "disque óleo vegetal". Junte em garrafas pet, de dois litros, o óleo que seria jogado fora e, quando estiver com pelo menos três garrafas cheias, ligue para eles. Eles colhem o óleo e gordura de todo tipo em residências e restaurantes. NÃO CUSTA NADA! O óleo usado que jogaríamos em nossas caixas de gordura, vai para a Fábrica de Sabão Neutral que, por um processo de decantação, separa os resíduos do óleo e reaproveita para fazer sabão. Outras fábricas no Brasil já fazem o mesmo e têm parcerias com restaurantes, escolas, hospitais etc. O óleo serve para fazer sabão, shampoo e outros cremes de cabelo.
Dicas para você proteger o planeta
Enviado por Michèle Sato, da UFMT, em 21 de fevereiro de 2008.
Use somente pilhas e baterias recarregáveis
É certo que são caras, mas o uso em médio e longo prazo elas se pagam com
muito lucro. Duram anos e podem ser recarregadas em média 1000 vezes.
Limpe ou troque os filtros do seu ar condicionado
Um ar condicionado sujo representa 158 quilos de gás carbônico a mais na
atmosfera por ano.
Troque suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes
Lâmpadas fluorescentes gastam 60% menos energia que uma incandescente.
Assim, você economizará 136 quilos de gás carbônico anualmente.
Escolha eletrodomésticos de baixo consumo energético
Procure por aparelhos com o selo do Procel (no caso de nacionais) ou Energy
Star (no caso de importados).
Não deixe seus aparelhos em standby
Simplesmente desligue ou tire da tomada quando não estiver usando um
eletrodoméstico. A função de standby de um aparelho usa cerca de 15% a 40%
da energia consumida quando ele está em uso.
Mude sua geladeira ou freezer de lugar
Ao colocá-los próximos ao fogão, eles utilizam muito mais energia para
compensar o ganho de temperatura. Mantenha-os afastados pelos menos 15 cm
das paredes para evitar o superaquecimento. Colocar roupas e tênis para
secar atrás deles então, nem pensar!
Descongele geladeiras e freezers antigos a cada 15 ou 20 dias
O excesso de gelo reduz a circulação de ar frio no aparelho, fazendo que
gaste mais energia para compensar. Se for o caso, considere trocar de
aparelho. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais
antigos, o que subsidia o valor do eletrodoméstico a médio/longo prazo.
Nunca é demais lembrar: recicle
Recicle no trabalho e em casa. Se a sua cidade ou bairro não tem coleta
seletiva, leve o lixo até um posto de coleta. Existem vários na rede Pão de
Açúcar. Lembre-se de que o material reciclável deve ser lavado (no caso de
plásticos, vidros e metais) e dobrado (papel).
Reduza o uso de embalagens
Embalagem menor é sinônimo de desperdício de água, combustível e recursos
naturais. Prefira embalagens maiores, de preferência com refil. Evite ao
máximo comprar água em garrafinhas, leve sempre com você a sua própria.
Compre papel reciclado
Produzir papel reciclado consome de 70 a 90% menos energia do que o papel
comum, e poupa nossas florestas.
Utilize uma sacola para as compras
Sacolinhas plásticas descartáveis são um dos grandes inimigos do
meio-ambiente. Elas não apenas liberam gás carbônico e metano na atmosfera,
como também poluem o solo e o mar. Quando for ao supermercado, leve uma
sacola de feira ou suas próprias sacolinhas plásticas.
Quando for trocar de carro, escolha um modelo menos poluente
Apesar da dúvida sobre o álcool ser menos poluente que a gasolina ou não,
existem indícios de que parte do gás carbônico emitido pela sua queima é
reabsorvida pela própria cana de açúcar plantada. Carros menores e de motor
1.0 poluem menos.
Proteja as florestas
Por anos os ambientalistas foram vistos como 'eco-chatos'. Mas em tempos de
aquecimento global, as árvores precisam de mais defensores do que nunca. O
papel delas no aquecimento global é crítico, pois mantém a quantidade de gás
carbônico controlada na atmosfera.
Considere trocar seu monitor
O maior responsável pelo consumo de energia de um computador é o monitor.
Monitores de LCD são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e estão
ficando cada vez mais baratos.
Regue as plantas à noite
Ao regar as plantas à noite ou de manhãzinha, você impede que a água se
perca na evaporação, e também evita choques térmicos que podem agredir suas
plantas.
Divulgue essa lista!
Consultas úteis
MANUAIS
• Manual para coleta seletiva do JBRJ
• Manual de Armazenamento de Lâmpadas, da Apliquim Brasil Recicle
• Resíduos Sólidos: Manual de Boas Práticas no Planejamento – ABRELPE
• Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012 - Edição Especial 10 anos. ABRELPE-Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais
• Construções e reformas particulares sustentáveis
• Compras Sustentáveis: A força do consumo público e empresarial para uma economia verde e inclusiva"
• Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2011 - Revista da ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais)
• Iniciativas de Economia Verde no Brasil
• Código Legislativo da Eficiência Energética nos Prédios Públicos Federais
• Guia de Compras Públicas Sustentáveis - Uso do poder de compra do governo para a promoção do desenvolvimento sustentável – FGV
• Manual de Contratos Público Ecológicos - Publicação da Comissão Européia / Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Européias
• Norma Americana para Licitações Sustentáveis
• Manual de Prestação de Serviços de Limpeza
• www.catalogosustentavel.com.br - Catálogo Sustentável
• Manual de Boas Práticas do Senado Verde
• Manual de Obras Públicas Sustentáveis
• Madeira- Uso Sustentável na Construção Civil
• Sustentabilidade aqui e agora
• Licitações e Contratações Públicas Sustentáveis
ARTIGOS
• Sustentabilidade em Edificações Públicas: Entraves e Perspectivas - Este artigo é produto da pesquisa intitulada "Projetos Sustentáveis: Aplicação da Legislação Ambiental e Sustentável na Elaboração de Projetos,Execução e Reforma de Edificações Públicas", desenvolvida no Programa de Pós-Graduação do Centro de Formação da Câmara dos Deputados, em 2006.
• O Município e a Contratação Sustentável - por Marcos Correia Gomes, advogado e professor universitário, mestre em Direito da Cidade (UERJ)
• Compras Públicas Sustentáveis - por Marcos Correia Gomes, advogado e professor universitário, mestre em Direito da Cidade (UERJ) (Publicado na Revista Eco21 - Edição 116 - http://www.eco21.com.br/textos/textos.asp?ID=1379)
• Sustentabilidade Ambiental - Avaliação do Ciclo de Vida dos Produtos - por Eloy Fenker
• A reciclagem e a crise econômica mundial - Beatriz Luz, engenheira Química pela Universidade Federal do Rio e mestre em Engenharia Ambiental pela Faculdade de Surrey, na Grã-Bretanha, trabalha como consultora ambiental na Inglaterra na área de uso eficiente de recursos. DiárioNet.
SITES
ÁGUA
• www.ana.gov.br - Agência Nacional de Águas - ANA. Disponibiliza cartilha sobre conservação e reuso da égua em edificações, entre muitas outras informações sobre gestão dos recursos hídricos.
• www.sabesp.com.br - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - SABESP. Disponibiliza Glossário sobre recursos hídricos, oferece cursos gratuitos de como evitar e solucionar vazamentos. Dispõe de imagens e fornecedores de torneiras eficientes/econômicos.Disponibiliza fonte de pesquisa: biblioteca, videoteca e materiais, que podem ser solicitados. Dá muitas dicas de como economizar água.
• www.abcmac.org.br - Associação Brasileira de Captação e Manejo de Água de Chuva – ABCMAC.
• www.abes-dn.org.br - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária.
ENERGIA
• http://www.cepel.br - Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL).Constitui-se num centro de excelência do setor elétrico brasileiro. O site disponibiliza projetos de pesquisa e desenvolvimento para o setor elétrico e notícias do setor
• http://www.procel.gov.br - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), Eletrobrás. Tem por objetivo promover a racionalização da produção e do consumo de energia elétrica, eliminando os desperdícios e reduzindo os custos e os investimentos setoriais. Apresenta o Programa, suas áreas de atuação - com destaque para o Selo Procel de Economia de Energia - e parcerias e indica as referências legais existentes sobre o assunto.
COLETA E RECICLAGEM
• www.ecycle.com.br - informações sobre coleta e reciclagem de resíduos.
• www.cempre.org.br - Compromisso Empresarial para a Reciclagem - CEMPRE. Fornece informações sobre coleta seletiva, materiais recicláveis, reciclagem, empresas recicladoras. Respondem à questões e disponibilizam seu acervo de manuais e vídeos.Dispõe de informações sobre as empresas que compram os produtos recicláveis e a cotação de preços. Destacamos as publicações: Lixo Municipal: Manual de Gestão de resíduos sólidos; Guia da Cooperativa de Catadores.
• www.lixo.com.br - Informações sobre reciclagem e catadores em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre
• www.idec.org.br - Instituto de Defesa do Consumidor – IDEC
• www.akatu.org.br - Instituto Akatu pelo consumo consciente.
• www.portaldoconsumidor.gov.br
• www.apliquim.com.br - Informações sobre coleta e destinação final para reciclagem de lâmpadas fluorescentes.
• www.plastivida.org.br - Instituto Sócio-ambiental dos plásticos. Disponibiliza informações sobre reciclagem de plásticos.
• www.abividro.org.br - Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro - ABIVIDRO. Disponibiliza informações sobre reciclagem de vidro.
• www.abepet.com.br - Associação Brasileira da Indústria do PET – ABIPET.
• www.abirp.org.br - Associação Brasileira das Indústrias Recicladoras de Papel - ABIRP. Informações sobre o processo de reciclagem do papel.
• www.abre.org.br - Associação Brasileira de Embalagem - ABRE. Disponibiliza dados sobre reciclagem no Brasil e a Simbologia Brasileira de Identificação de Materiais entre outros.
• www.abpo.org.br - Associação Brasileira de Papelão Ondulado - ABPO. Disponibiliza Cartilha e Glossário sobre papelão ondualdo.
COMPUTADORES VERDES
• http://www.governoeletronico.gov.br/sisp-conteudo/especificacoes-tic - Especificações para a aquisição de computadores verdes pelo governo federal.
Ações implementadas
2009 - Elaboração do Plano de Trabalho para Implantação da A3P no JBRJ.
2007 - Inclusão de condicionantes ambientais na reforma da Residência Pacheco Leão, sede do Núcleo de Educação Ambiental (NEA), com a adaptações feitas no sistema de calhas para reaproveitamento das águas de chuva e
utilização de instalação sanitária com equipamentos que economizam água.
2007 - Aquisição de papel reciclado para uso da instituição.
2007 - Apresentação da A3P para o Jardim Botânico – A3P/JBRJ e do Programa A3P/MMA.
2007 - Criação da Comissão Permanente da A3P/JBRJ, instituída pela Portaria JBRJ nº 119/2007.
Seminários
Desde 2011, a A3P/JBRJ realiza um Seminário anual para o debate e a troca de experiências sobre os temas da agenda ambiental no âmbito da administração pública. Disponibilizamos abaixo a cobertura completa desses Seminários.
Desafios da sustentabilidade nas cidades foi tema de Seminário da A3P/JBRJ
3/11/2014
A Agenda Ambiental na Administração Pública do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – A3P/JBRJ promoveu seu IV Seminário no dia 30 de outubro, com o tema Cidades Sustentáveis.
Pela primeira vez, o Seminário foi aberto ao público em geral e teve 420 inscritos, vindos do próprio JBRJ e de dezenas de outras instituições, entre prefeituras, universidades públicas e privadas, ONGs, órgãos públicos como a Fiocruz e o INSS, escolas técnicas, tribunais, cooperativas e câmara dos deputados, entre outras.
O local escolhido para o IV Seminário foi o Teatro Tom Jobim. Na abertura, as coordenadoras da A3P/JBRJ Marcia Wenzel e Carmelita Bottino receberam uma homenagem por seus 15 anos de dedicação à Agenda Ambiental na Administração Pública.
A primeira mesa do seminário abordou as perspectivas e desafios para cidades sustentáveis, com a participação da presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Samyra Crespo, do professor Carlos Frederico Bernardo Loureiro, da Faculdade de Educação da UFRJ, da presidente do Instituto Inverde Cecília Herzog e do jornalista e professor André Trigueiro.
Samyra Crespo falou das iniciativas de sua gestão para alcançar o objetivo de transformar o JBRJ no jardim mais sustentável do Brasil. Com o mandato do Ministério do Meio Ambiente para registrar e classificar os jardins botânicos do país, o JBRJ deve servir de referência para os outros. A presidente discorreu sobre os desafios para a sustentabilidade ambiental e econômica da instituição e de ações para enfrentá-los, como a criação do Conselho de Sustentabilidade do JBRJ e as pesquisas de opinião com o público externo e interno. Também apresentou os 10 projetos estratégicos de sua gestão.
Sustentabilidade e Educação foi o tema da palestra do professor Carlos Frederico, que apontou a necessidade de evitar equívocos conceituais e definir com clareza o que se espera do processo educativo. Ele considera que, na área ambiental, há confusão entre o que se entende por mudança de comportamento e mudança de atitude. Enquanto a primeira pode se dar de diferentes formas, inclusive por normatização e coerção, a segunda exige reflexão, e as políticas públicas devem levar em conta essa distinção.
Outra confusão frequente se dá entre educação e divulgação científica. “A divulgação científica pode fazer parte de um processo educativo, mas não é o processo mesmo. Outras mediações do ponto de vista pedagógico são necessárias para que determinado conhecimento seja apreendido”, lembrou Carlos.
O professor observou que é um vício da área científica acreditar que a educação ambiental é algo que entra apenas no final dos projetos. Por causa disso, os processos educativos acabam se reduzindo a ações informacionais, como cartilhas e similares. Mas é possível ir muito além disso quando se questiona qual é a relação entre os atores estratégicos nesse processo – o que deve ser pensado desde o início de um projeto. Ele alertou ainda que o pior cenário, para qualquer processo educativo, são as interrupções e paralisações.
Carlos Frederico defende que, se visamos a uma cultura de sustentabilidade, temos que pensar onde o processo educativo pode ser mais bem alocado numa instituição, com quem e para quem construímos esse processo, como garantir que ele continue para além dos projetos, e qual a linguagem e os procedimentos adequados para determinado público. Daí a importância de saber muito bem quem é o sujeito do processo educativo e quais as culturas e práticas existentes no espaço em que se vai atuar.
O jornalista André Trigueiro abordou o papel e o lugar do jornalista diante da atual situação de crise ambiental, em um cenário em que, segundo ele, a indústria da comunicação está sendo desconstruída. O principal desafio que então se coloca para o profissional da comunicação é o de construir uma visão sistêmica, informada por diferentes fontes e capaz de dar conta da complexidade dos “fenômenos da vida”, que resultam de uma variedade de fatores. Isso significa, entre outras coisas, buscar uma melhor relação entre jornalistas e cientistas.
Trigueiro considera que a dispersão dos meios de comunicação nos dias de hoje, principalmente com a internet, precipita os indivíduos num labirinto. Jornalistas e professores precisam, assim, ser catalizadores, inclusive utilizando outras ferramentas e recursos que antes não eram necessários, a fim de atrair a atenção dos jovens para os assuntos de maior relevância. E os governos também precisam se comunicar melhor. “A comunicação é a ferramenta que permite a virada para um modelo econômico diferente do atual modelo predatório. Ela pode alertar, para não errarmos onde civilizações que já pereceram erraram – por esgotamento dos recursos naturais”, concluiu.
Cecília Herzog, do Instituto Inverde, falou sobre Cidades Biofílicas. Biofilia é o sentimento que os seres humanos têm de conexão com a vida, com os outros seres vivos. A palestrante mostrou alguns exemplos de como é possível recuperar esse contato com a natureza mesmo nas cidades, o que traz melhoria da saúde e do bem-estar. A proposta é de reintroduzir a biodiversidade nas cidades, criando “corredores verdes e azuis”, ou seja, com árvores e água.
“Hoje, com a expansão urbana, a espécie humana vive desconectada dos ecossistemas que dão suporte à sua vida. As pessoas não sabem de onde vem sua água e seus alimentos”, disse Herzog. Ela apresentou exemplos de Mumbai, Varsóvia, Seul, Estocolmo, Paris, Nova York e várias outras cidades que têm iniciativas para regenerar ecossistemas, com hortas, parques e praças, fazendas urbanas e tetos verdes, entre outras.
A mesa redonda da tarde apresentou projetos e soluções para melhorar o futuro das cidades. O engenheiro florestal Flávio Telles, da Fundação Parques e Jardins/Prefeitura do Rio de Janeiro, falou sobre o trabalho de arborização urbana feito no Rio. Ele observa que os cariocas ainda lidam muito mal com as árvores, o que se deve em parte a equívocos cometidos no passado, quando foram feitos muitos plantios com espécies inadequadas e em locais inapropriados.
Atualmente, a Fundação Parques e Jardins centra seu trabalho de arborização nas Áreas de Planejamento (APs) 3 e 5, que abrangem a maior parte das zonas Norte e Oeste. Desde 2010, passou-se a utilizar majoritariamente espécies nativas do Rio. Além disso, somente as calçadas com mais de 2 metros de largura podem ser arborizadas, para não prejudicar a acessibilidade.
Alguns locais em que foi aplicado o novo modelo de arborização são a Av. das Américas da Barra ao Recreio, o entorno do Maracanã, a Av. Martin Luther King entre Irajá e Coelho Neto, o Trevo das Margaridas, a Av. Brasil entre Deodoro e Campo Grande, a Transoeste, o Parque de Madureira e a Transcarioca, ao longo da qual foram plantadas 2600 mudas.
As mudas plantadas pela Fundação têm, no mínimo, 2,5 metros de altura e 3 centímetros de diâmetro, o que ajudou a reduzir o índice de depredação, que hoje é de 26%. “As pessoas não têm ideia da importância das árvores para amenizar a temperatura, mas uma árvore adulta equivale a três aparelhos de ar condicionado funcionando”, revelou o engenheiro. Ele informou ainda que, se alguém suspeitar de corte indevido ou depredação de alguma árvore, pode denunciar pelo número 1746, da Prefeitura, para acionar a Patrulha Ambiental.
Acessibilidade e Mobilidade Urbana foi o tema da palestra de Gabriella Savine Zubelli, assessora de Acessibilidade da Empresa Olímpica Municipal – EOM, e de seu irmão, o atleta da seleção brasileira paraolímpica de rugby Eduardo Savine Mayr. Eles apresentaram o conceito de Desenho Universal, que é aquele em que os projetos – de arquitetura, urbanismo ou de produtos – são pensados para pessoas com ou sem deficiências, ou seja, para todos.
O “desenho universal” está atrelado a um conceito radical de inclusão, em que as coisas funcionem de maneira que não faça mais diferença se alguém tem uma deficiência ou não, pois tudo é projetado para dar completa acessibilidade e mobilidade em qualquer caso. Para isso, é preciso conhecer muito bem o público e as suas necessidades. Para Gabriella e Eduardo, apesar das dificuldades, é possível encontrar soluções de adaptação segundo esse conceito para a cidade já consolidada, com novas ideias, e é fundamental garantir que o novo seja adequado, evitando os erros do passado.
O professor Emilio Eigenheer, da UERJ, tem se dedicado à questão do meio ambiente e do lixo desde a década de 1970. No seminário, ele abordou o tema da gestão de resíduos sólidos com foco na questão dos custos. Para Eigenheer, a Política Nacional de Resíduos Sólidos é boa e já está trazendo alguns resultados, mas a questão de quem e quanto se vai pagar para que ela funcione ainda não foi equacionada.
Dados do Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil, estudo feito pela Abrelpe – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – mostram que, embora a abrangência da coleta de lixo no país seja de 90,4%, cerca de 20 mil toneladas de lixo por dia deixam de ser coletadas. A destinação final adequada, em aterros sanitários, é dada para 58% do lixo coletado, restando 41,74% que ainda vão destinação inadequada, como os lixões.
“Houve avanços, principalmente nos grandes centros urbanos. O problema maior está nos pequenos e médios municípios, pois falta dinheiro para implantar e manter os aterros, e é difícil, politicamente, para os prefeitos lidarem com a questão de criar uma nova taxação”, apontou o especialista.
A arquiteta Marcia Botelho Junqueira, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ finalizou a mesa da tarde falando sobre Telhados Verdes. Ela apresentou diversos tipos de telhados verdes, sendo que o mais antigo deles no Rio de Janeiro é o do Palácio Gustavo Capanema (MEC), no Centro.
Entre os impactos positivos dos telhados verdes estão: melhoria do microclima, diminuição da variação térmica, proteção da impermeabilização e da estrutura da laje, retardo das águas pluviais e criação de áreas de lazer. Entre as dificuldades está a correta avaliação da carga que o telhado pode suportar, e que pode variar de 80kg/m2 a 350kg/m2. No Brasil, há desafios para a aceitação e a pesquisa e desenvolvimento de materiais e tecnologia, daí a necessidade de estratégias e instrumentos de incentivo para a adoção dos telhados verdes.
Após as palestras e os debates, o IV Seminário A3P/JBRJ se encerrou com um passeio guiado pelo arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A comissão da A3P e os palestrantes Gabriella Savine (à direita) e Eduardo Savine Mayr (ao centro)
Seminário A3P/JBRJ debateu as diversas dimensões envolvidas na Política Nacional de Resíduos Sólidos
14/10/2013
O evento discutiu questões que serão tratadas na IV Conferência Nacional do Meio Ambiente, em Brasília.
Gestão dos resíduos sólidos – A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e seus desdobramntos” – foi o tema do 3º Seminário da Agenda Ambiental na Administração Pública do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (A3P/JBRJ), realizado em 9 de outubro na Escola Nacional de Botânica Tropical (ENBT/JBRJ). A julgar pelas apresentações e debates do encontro, a PNRS, se bem sucedida, provocará mudanças significativas para toda a sociedade brasileira, uma vez que nela estão envolvidas diversas dimensões, da política à técnica, da ética às relações de trabalho, à inclusão social e ao próprio modo de as pessoas, empresas e instituições se comprometerem e se posicionarem diante dos desafios que o enfrentamento do problema dos resíduos suscita.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos é também o tema da IV Conferência Nacional de Meio Ambiente (CNMA) , que acontecerá de 24 a 27 de outubro em Brasília. Nesse sentido, o Seminário A3P/JBRJ adiantou algumas das discussões que terão lugar na capital federal. Com a participação de 64 representantes de 34 instituições, entre as quais UFRJ, UFF, UERJ, Tribunal Regional Federal, Prefeituras do Rio de Janeiro, de Petrópolis e de Rio Bonito, INEA, IBGE, Inmetro, Furnas, Embrapa Solos e outras, o evento foi organizado pela A3P/JBRJ e Serviço de Educação Ambiental – SEA/JBRJ.
A presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Samyra Crespo, abriu o Seminário. Para Samyra, o Brasil tem hoje muita experiência acumulada na questão de resíduos sólidos, e já há escala suficiente para transformar as experimentações nessa área em políticas públicas. “A Política Nacional de Resíduos Sólidos é a mais revolucionária que existe no país, pois ela coloca responsabilidades e ações no colo de todos os atores que são importantes. Nunca mais a sociedade brasileira irá consumir do mesmo modo e descartar do mesmo modo. E como nem todos os processos estão dados, temos que ouvir a sociedade para saber em que medida ela está disposta a pactuar nesse sentido”, afirmou.
A presidente do JBRJ ressaltou que o que está na base da PNRS é a questão do consumo sustentável, com definições sobre o que e como consumir, como descartar, como pressionar as indústrias a fazerem embalagens adequadas e quais as estruturas necessárias para que a PNRS tenha efetividade. “Além de servidores, somos cidadãos e consumidores. Somos nós que mudamos e a sociedade. Acompanhem e compareçam à Conferência Nacional de Meio Ambiente”, conclamou.
A primeira mesa do dia teve a mediação do diretor de Ambiente e Tecnologia do JBRJ, Claudison Rodrigues. A primeira palestra – “O cenário atual da PNRS, PLS e CNMA” – foi feita pela coordenadora da A3P do Ministério do Meio Ambiente, Ana Carla Almeida. Ela apresentou a PNRS, destacou o acerto do MMA na escolha do tema para a IV Conferência e apontou como um dos principais desafios da política fazer com que um de seus instrumentos, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, articule-se com os planos estaduais, microrregionais, inter-regionais e das regiões metropolitanas. “O grande nó está na relação entre estados, municípios, regiões”, afirmou. Já o Plano de Logística Sustentável traz como maior desafio para o governo a classificação dos resíduos, por isso já se pensa numa capacitação para os servidores sobre o tema.
Com relação à IV Conferência, espera-se que o evento proporcione mais diálogo com os diversos segmentos da sociedade, que se possam discutir os planos municipais e suas formas de implementação e que a sociedade em conjunto veja na boa gestão dos resíduos sólidos uma oportunidade de desenvolvimento econômico, ambiental e social. A coordenadora da A3P/MMA mostrou que a IV CNMA tem o envolvimento de 3625 municípios (65, 61% do total de municípios brasileiros), contra 580 na primeira Conferência, e que está mobilizando 200 mil pessoas, quase o dobro da anterior. Ela também elogiou o movimento dos catadores pela organização e mobilização para participar do evento.
O superintendente de Políticas de Saneamento da Secretaria de Estado de Ambiente do Rio de Janeiro (SUPS/SEA-RJ), Victor Zveibil, falou em seguida sobre “Política e Plano Estadual de Resíduos Sólidos do RJ (PERS)”. Para o superintendente, o tema mais candente na questão de resíduos sólidos é a logística reversa, pois altera políticas industriais e políticas de custos. A esse respeito, ele afirma que o Estado quer “acordos setoriais consistentes, com metas”.
Segundo Victor, um dos programas do PERS com maior impacto até agora é o Lixão Zero, que tem como primeira meta a regionalização dos aterros sanitários. “Não adianta distribuir aterros sanitários em todos os municípios brasileiros, “pois quanto menor o aterro, maior o custo operacional por tonelada. É preciso ter escala para minimizar os custos. É mais barato levar o lixo para grandes aterros regionais”, explicou, acrescentando que o Rio de Janeiro busca as escalas de sustentabilidade corretas para criar consórcios públicos. Já há oito desses consórcios formados. A estimativa é de que o Estado venha a ter, no máximo, 27 aterros sanitários.
A desembargadora Consuelo Yoshida, do TFR 3ª Região – SP, em palestra sobre “Aspectos jurídicos – aplicação e implicações legais”, fez algumas comparações entre a lógica norteadora da Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938 de 1981) e a da PNRS (Lei 12.305 de 2010). A palestrante destacou que, enquanto a primeira tem ênfase na ótica corretiva e repressiva, atuando a posteriori, a PNRS segue uma lógica de indução do cumprimento e da observância das normas, com ênfase na ótica preventiva.
Uma das características da PNMA é de que a responsabilidade é imputada a quem pode, financeiramente, resolver o problema, pagando pela recuperação do dano já causado. Já a Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê a responsabilidade compartilhada, com os deveres individualizados de cada um dos responsáveis. “Como temos todos envolvidos, é preciso definir bem o que é responsabilidade de cada um. Com isso, acerta-se a cadeia econômica inteira, unindo cada um de seus elos”, esclareceu a desembargadora. Ela ressaltou que, com a PNRS, há a necessidade de adoção de outros instrumentos “além do comando e controle” e a Política incorpora a tendência à integração e valorização dos instrumentos de planejamento, gestão e gerenciamento ambientais, bem como dos instrumentos econômicos.
Mediador da segunda mesa, sobre os desafios e oportunidades da logística reversa, o diretor de Gestão do JBRJ, Renato Cader, lembrou que a legislação para a gestão pública ainda precisa de avanços nessa área, e que as lideranças executivas são fundamentais para os processos: “os gestores públicos têm que se articular e persistir para fazerem acontecer”.
Falando sobre “Logística reversa e sustentabilidade”, o professor Rogério Valle, da Coppe/UFRJ, abordou a questão de como o mundo industrial vai fazer para dar conta da logística reversa, tema de um livro do qual é co-autor. Para ele, a visão de ciclo de vida do produto é o futuro e vai mudar a maneira de se fazer engenharia. E a logística reversa é uma fase desse ciclo. “Pensar o reuso, por exemplo, muda tudo em um projeto. E não se trata aqui apenas de bens, mas também de serviços e eventos”, afirmou.
Em termos de engenharia, o maior problema da logística reversa é, segundo Rogério, o de trazer os materiais de volta, pois isso só se dá pela adesão dos usuários finais, bem como dos vendedores e distribuidores. “O campo de batalha onde se ganha ou se perde nessa área é a sociedade. O que precisa ser feito exige uma mudança cultural”, concluiu.
Gabriela Gomes Otero, coordenadora do Departamento Técnico da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) falou sobre “Logística Reversa na PNRS”, apresentando alguns dados obtidos em pesquisa da Associação feita com municípios brasileiros por meio de questionário. Segundo o levantamento, o Brasil gera aproximadamente 62 milhões de toneladas de resíduos por ano, dos quais 6 milhões não têm destinação conhecida. Do restante, 23,7 milhões têm destinação inadequada, ou seja, vão parar em lixões, em rios, no mar etc. E dos que são corretamente destinados, apenas 4% são reciclados e reinseridos na cadeia produtiva.
Na palestra seguinte, a professora Eunice Schilling Trein, da Universidade Federal Fluminense (UFF), abordou os “Desafios atuais sobre sustentabilidade ambiental”. Ela trouxe para o debate a questão sobre em que medida são compatíveis os conceitos de desenvolvimento e de sustentabilidade. “O que significa tornar-se a quinta economia do mundo? No Brasil, temos grandes empresas exploradoras de ecossistemas, tanto no nosso território como em outros. É essa a perspectiva de desenvolvimento que queremos?”.
Eunice criticou a visão do FMI de que o caminho para a sustentabilidade é a precificação de tudo, e chamou a atenção para a desigualdade na distribuição do passivo ambiental e do conhecimento técnico e científico para lidar com ele. Os mais afetados, os mais pobres, são os que menos têm acesso ao conhecimento, que é socialmente produzido e deveria ser compartilhado. “A legalidade, a ética, a educação, todas essas questões dizem respeito à sustentabilidade ambiental e social. Que não seja a solução precificar tudo”, disse a professora.
Tião Santos, representante da Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho (ACAMJG) e do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) falou sobre “Responsabilidade socioambiental e inclusão social”. Ele argumentou que é preciso romper com a ideia de que reciclagem é coisa de gente pobre, e mostrar que reciclar é coisa de gente inteligente, o que é evidente quando se percebe que os países mais avançados socialmente e economicamente são também os que mais reciclam.
Tião defendeu que a criação dos planos de gestão de resíduos devem incluir os catadores de maneira digna e permitir a sobrevivência desse mercado. Estima-se que existem hoje 1,2 milhão de pessoas que trabalham como catadores de materiais recicláveis. Ele apresentou ainda o trailer do filme “Lixo extraordinário”, do qual é personagem, e do projeto “Limpa Brasil – Let's do it”, que está levando a diversas cidades brasileiras.
Na última mesa do evento, sobre “Experiências, casos e projetos”, Fernando Altino, do Instituto de Química da UERJ, discorreu sobre o beneficiamento de produtos não-conformes, ou seja, aqueles que estão fora do padrão para utilização, como, por exemplo, um produto fora do prazo de validade ou fora da especificação técnica. A maior parte deles é de resíduos que poderiam passar por reutilização, reciclagem ou tratamento, mas quase sempre vão parar em lixões ou aterros, o que não mais poderá ocorrer a partir de 2014. A principal preocupação com a destinação correta dos produtos não-conformes é de que ela seja feita com segurança, uma vez que, com frequência, eles podem ser confundidos com os produtos em condições satisfatórias de uso.
Thiago Gomes e Lys Sirelli, que fazem parte do Nerdes – Núcleo de Excelência em Reciclagem e Desenvolvimento Sustentável, do Instituto de Macromoléculas (IMA) da UFRJ, fizeram apresentação sobre o desenvolvimento de um processo de reciclagem de plásticos descartáveis, principalmente copos plásticos, para a obtenção de artefatos de pequeno porte. Os produtos do projeto, como réguas, estojos e lixeirinhas, fizeram sucesso entre os participantes do Seminário. O objetivo da pesquisa no IMA é implantar o projeto em escala piloto na universidade e mostrar que a reciclagem de copos plásticos é viável.
O professor e engenheiro geotécnico Claudio Mahler, da Coppe/UFRJ, fez a última apresentação do evento, falando brevemente sobre alguns estudos acadêmicos de um intercâmbio Brasil-Alemanha na área de gestão de resíduos. Pelo resultado desses estudos, Claudio considera que os aterros sanitários não são uma boa solução do ponto de vista ambiental. Por outros lado, embora a reciclagem possa parecer uma opção mais cara no início, a médio e longo prazo seu custo baixa consideravelmente. Em 2008, a Alemanha já reciclava 68% do seu lixo.
Órgãos públicos em ação pela sustentabilidade
16/11/2012
2º Seminário da A3P/JBRJ apresentou casos de sucesso de instituições que estão investindo na produção e no consumo sustentáveis.
Ester Oliveira e Claudia Lopes
A Comissão da Agenda Ambiental na Administração Pública do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – A3P/JBRJ – realizou em 13 de novembro de 2012 seu 2º Seminário, que teve por tema “Os desafios da produção e consumo sustentáveis na gestão pública”. Mais de 50 representantes de instituições e órgãos públicos, como Inmetro, UFRJ, OAB, Ministério Público do RJ, TRF e Tribunal de Justiça do RJ, reuniram-se no auditório da Escola Nacional de Botânica Tropical para trocar informações e experiências sobre o assunto. Eles foram recebidos pelo diretor da ENBT, Henrique Lins de Barros, e pelo diretor de Ambiente e Tecnologia do JBRJ, Guido Gelli.
Para baixar as apresentações, clique nos links no fim da matéria.
Estruturando uma política pública de produção e consumo sustentáveis
A palestra de abertura ficou a cargo da diretora de Produção e Consumo Sustentável da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Ana Maria Vieira Neto. Ela expôs os desafios de estruturar uma política pública para um modo de vida sustentável.
Partindo da definição de consumo sustentável como o uso de bens e serviços de forma que atendam às presentes gerações sem comprometer as necessidades das gerações futuras, Ana Maria entende que o caminho viável não é o de tentar extinguir o impacto que causamos ao meio ambiente – o que seria impossível, mas sim procurar minimizar esses impactos.
A palestrante tomou por base o parágrafo 7° do documento final da Rio +20, que reconhece que “as pessoas estão no centro do desenvolvimento sustentável” e que se deve “promover crescimento econômico sustentado e inclusivo, com desenvolvimento social e proteção ambiental, para beneficiar a todos”. Diante do grande crescimento no poder de consumo das classes C e D, um dos maiores desafios que se colocam é a conscientização.
A educação surge assim, segundo Ana Maria, como melhor opção para a construção de um consumo consciente e de uma produção ambientalmente responsável. A principal estratégia para atingir de forma clara e objetiva todos os nichos da sociedade é fazê-lo de maneira customizada, com cartilhas e programas específicos para mulheres, pais e pessoas que lidam com o descarte do lixo, a limpeza e conservação de ambientes. As mulheres, por exemplo, são responsáveis por 82% do consumo doméstico, enquanto a construção civil é responsável por 60% do lixo das grandes cidades.
O exemplo, para Ana Maria, deve vir do governo: “O governo é o maior consumidor do país, é um poder de compra que pode mudar realidades. Cerca de 17,% dos gastos do país são públicos”, afirmou, lembrando que o Decreto federal 7.748/2012 instituiu que as compras e construções públicas já utilizem parâmetros sustentáveis visando qualidade nos serviços e instituições do governo.
Políticas e instrumentos de compras públicas aplicados ao redor do mundo
Na segunda palestra do dia, o gestor ambiental Thiago H. K. Uehara, analista do Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis do MMA, mostrou, apoiado em pesquisas internacionais, que os atributos mais enfatizados nas compras públicas sustentáveis ao redor do mundo são as compras de produtos ou serviços de pequenas empresas locais e as práticas de segurança no trabalho. “Isso quer dizer que, em termos de atributos, as CPS vão muito além das chamadas 'compras verdes', em que seria priorizado apenas o atributo ambiental”, apontou.
Nos Estados Unidos, o atributo da diversidade, na forma de compras de produtos e serviços fornecidos por minorias – empresas de negros, de mulheres e outras – é também bastante enfatizado. Outros atributos utilizados nas CPS são os de direitos humanos e de filantropia (comprar de empresas que apoiam ONGs, projetos sociais, hospitais, etc.).
Uehara deu um rápido panorama das políticas públicas aplicadas em alguns países, como o Japão, que tem legislação para compras públicas sustentáveis desde 2001, e o Canadá, onde há uma legislação para o “esverdeamento” das operações do governo. Já na Europa, a maioria dos países tem planos nacionais de CPS com maior foco no aspecto ambiental.
O palestrante distinguiu três funções para os instrumentos de CPS ao redor do mundo: elevar a consciência do consumidor; “esverdear” os mercados inserindo a sustentabilidade nos processos produtivos; facilitar o consumo sustentável. “Tudo isso não cabe apenas do poder público, mas também às empresas e à sociedade civil”, ressaltou apontando a regulação, a informação e os incentivos como principais ações a serem tomadas pelos governos.
As pesquisas mostraram também que as maiores barreiras para as CPS no mundo são as financeiras (preços), as de gestão e estrutura e as de informação, pois ainda faltam bons bancos de dados que subsidiem as escolhas e ações. Por outro lado, o suporte das lideranças das organizações, da legislação e do governo se apresenta como principal facilitador da CPS.
Para finalizar, Uehara apresentou as recomendações para produção e consumo sustentáveis, constantes de estudo da Unep (2012), como: integrar consumo e produção sustentáveis na agenda e em planos estratégicos e desenhar e desenvolver parcerias entre atores e regiões. “Não existe um caminho ou critério único para as CPS”, concluiu.
Fins econômicos não são a mesma coisa que fins lucrativos
A gerente de Educação Ambiental do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Pólita Gonçalves, apresentou algumas ações da A3P do Estado do Rio, enfatizando o programa de Coleta Seletiva Solidária. Os eixos do programa são a implementação da CSS nas escolas públicas estaduais e nos órgãos públicos estaduais e o apoio aos programas de CSS municipais e às cooperativas de catadores.
Pólita acredita que o decreto que regulamenta a CSS federal acertou ao definir que os órgãos públicos devem doar seus resíduos recicláveis a cooperativas de catadores. “No momento, esse é melhor modelo, apesar das muitas dificuldades que ele traz, inclusive porque esse modelo permite melhores ganhos para os catadores sem que se caracterize um fim lucrativo”, afirmou a palestrante, enfatizando que ter fins econômicos é diferente de ter fins lucrativos. Entre os melhoramentos a serem feitos nessa política está, segundo Pólita, a necessidade de atualizar as leis que regulam as cooperativas, distinguindo grandes e pequenas.
“Precisamos também atentar para a diferença entre apoiar a organização dos catadores e organizá-los de fora para dentro, o que normalmente não funciona”, lembrou. Para facilitar o funcionamento da CSS, ela recomenda a formação de comitês intersecretariais nos municípios.
Pólita encerrou convidando a todos para incorporarem a economia colaborativa em suas vidas, mesmo em pequenas ações como dar uma carona, por exemplo. “A economia colaborativa, não lucrativa, traz sentido para a nossa vida, pois permite que nos vejamos em um contexto em que temos um papel e temos poder. Uma vida com mais sentido é uma vida melhor”.
Programa USP Recicla – avanços e desafios
A primeira palestra da tarde trouxe o exemplo do programa USP Recicla, com a educadora Patrícia Silva Leme da USP São Carlos. Ela apresentou o caso de sucesso do programa que foi implementado em 1994 já com caráter permanente, e que tem como principal tarefa tornar a universidade mais sustentável através de ações feitas com a comunidade interna, de uma maneira educativa que leve à reflexão.
O programa conta com alguns pilares como o Princípio dos 3Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), Ações Participativas que incentivam e salientam a importância de toda a comunidade neste ciclo, Ações individuais e coletivas. Patrícia salientou também a importância de ser um programa multidisciplinar que conta com o apoio de vários profissionais do campus.
Um dos projetos de bastante sucesso foi a troca de copos descartáveis por canecas duráveis individuais. Após alguns embates e pesquisas com alunos foi possível economizar milhares de copos no restaurante da universidade. Outra iniciativa de impacto foi o Projeto de Mobilidade Sustentável, com a proposta do dia sem carro. Segundo pesquisa feita pela própria universidade, a maioria dos docentes e discentes utilizavam carros mesmo morando a menos de 1km da USP. Após uma intensa troca de ideias, surgiu o slogan: “As ruas são só para carros?”.
O intuito das ações do USP Recicla são de educar e não de impor nada a ninguém. A diretriz é de trabalhar de forma educadora para mudar realidades, interferindo de forma permanente na vida dos que convivem ali, levando-os à reflexão e debate sobre a importância dos temas ambientais e sustentáveis.
Reciclagem como modelo tecnológico para um desenvolvimento sustentável
O professor Gonçalo Dias Guimarães, da Coppe UFRJ, abordou o tema reciclagem discutindo as questões do desenvolvimento econômico do país com o olhar da cidade partida, da periferia e dos grandes centros urbanos. Guimarães afirma que quem produz territórios distintos é o próprio poder público quando decide asfaltar, sanear e dar toda atenção para os bairros nobres deixando os subúrbios, periferias e comunidades à mercê da própria sorte.
Segundo Gonçalves, exclusão social, miséria e pobreza são resultado do tipo de desenvolvimento que estamos vivendo. O momento atual, de inovação constante, acaba gerando um grande descarte de produtos, principalmente eletroeletrônicos. A “produção de consumo” acarretada por esse tipo de inovação é, segundo ele, o modelo hegemônico brasileiro que sustenta e enriquece uma pequena minoria. No entanto, quando utilizada com responsabilidade, reciclando ao invés de descartar os materiais, a inovação pode ser instrumento de melhoria de vida para todos.
O palestrante ressaltou que a reciclagem começa em um circuito inferior, que consiste no primeiro grupo de contato dos materiais recicláveis, como os catadores, pequenos intermediários e ferros-velhos. Esse circuito é visto de forma negativa e se encontra em grande parte na informalidade. Para Gonçalo, os recicláveis não devem ser vistos como lixo, e sim como matéria-prima, como insumos para a produção e o desenvolvimento de uma economia rentável, limpa e sustentável. Só assim os catadores conseguirão sair da informalidade.
Gestão ambiental na Fiocruz
O 2º seminário da A3P contou com a presença de Tatsuo Shubo, assessor da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que apresentou as principais ações do plano sustentável da instituição.
Parte das ações de gestão ambiental na Fiocruz teve como alvo a redução dos gastos de energia, como a troca de lâmpadas de alto consumo pelas de baixo consumo, a instalação de novos aparelhos de ar-condicionado com selo Procel A e a melhoria no sistema de climatização. Além disso, o projeto Eficiência Energética conseguiu reduzir o valor das contas da fundação ao fazer melhorias nas estações de energia e acordos com a Light.
Também foi implementado um plano de coleta seletiva de resíduos sólidos, resíduos perigosos (como material radioativo e infectante) e resíduos extraordinários e infectantes (carcaças de animais). Segundo Shubo, aproximadamente 33% de tudo que sai dos almoxarifados da Fiocruz consegue ser reciclado.
A Fiocruz conta com uma vasta área verde que foi contemplada por um projeto de paisagismo para o cultivo de novas espécies. Com isso o horto foi revitalizado para suprir a necessidade de novas mudas, e todo o material de compostagem recolhido com varreção e capinação, que antes gerava custos para ser deslocado, foi direcionado para a adubagem do horto.
Sustentabilidade das instalações prediais e compras do BNDES
O último palestrante do dia, André Mendes, síndico do Edifício de Serviços do BNDES no Rio de Janeiro, deu uma visão geral do gerenciamento do prédio, seu histórico e os projetos realizados para torná-lo mais sustentável.
Os primeiros projetos contemplaram a mudança no layout do prédio em todos o andares, melhorando a iluminação e procurando aproveitar a luz natural. O fato de o prédio do BNDES ter mais de 35 anos de existência tornou necessário modernizar os elevadores. Já a redução do consumo de água foi possível por meio da troca de torneiras comuns por outras com sensores, instalação de descargas econômicas para os vasos sanitários, novos chuveiros, entre outros. Outra iniciativa que levou à redução de custos foi a compra de energia no mercado livre.
O BNDES também se engajou no processo de reciclagem de resíduos sólidos, incentivando os empregados a levarem materiais como lâmpadas queimadas, pilhas descarregadas, e óleo de cozinha usado, entre outros, para serem recolhidos no prédio e encaminhados aos seus destinos corretos.
Mendes apresentou ainda um projeto em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro de adoção do Largo da Carioca para torná-lo mais limpo e seguro para os pedestres. O banco promoveu a organização dos camelôs que ali trabalham. Graças a esse referencial de gestão sustentáveis o condomínio do BNDES recebeu prêmios em 2010 e 2011.
Clique aqui para baixar todas as apresentações em arquivo zip.
Seminário da A3P/JBRJ reuniu diversidade e qualidade
7/10/2011
Com inscrições esgotadas dias antes de se realizar, o 1º Seminário da A3P/JBRJ mostrou que o interesse na Agenda Ambiental na Administração Pública é crescente. O auditório da Escola Nacional de Botânica Tropical recebeu, entre manhã e tarde de 5 de outubro, mais de 80 representantes de 22 órgãos do governo federal, estadual e de governos municipais, que assistiram a quatro mesas redondas, cujas apresentações estão disponíveis em pdf no final desta matéria.
Entre as instituições participantes estavam o BNDES, SEPLAG, INMETRO, ANAMMA, INEA, SEA, TJ, TRT, TRF, Justiça Federal, IFRJ, EMBRAPA, ELETROBRAS-FURNAS, Prefeituras de Poços de Caldas e São Gonçalo, UFRJ, UERJ, UNIRIO, UNICAMP escolas municipais parceiras do NEA e ainda o SENAI, entidade privada. O encontro possibilitou a troca de conhecimentos e de experiências e abriu a possibilidade de criação de uma rede da A3P no Estado do Rio de Janeiro.
A abertura do seminário contou com a presença de Samyra Crespo, Secretária da SAIC/MMA Renato Cader, presidente interino do JBRJ e diretor de Gestão da instituição, Guido Gelli, diretor de Ambiente e Tecnologia, e David Ramos, diretor substituto da ENBT, que deram as boas-vindas aos presentes e ressaltaram a importância da adesão do JBRJ à Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P, um programa criado pelo Ministério do Meio Ambiente que visa a implementação e difusão de uma agenda de responsabilidade socioambiental nos órgãos governamentais.
Na primeira mesa, mediada por Guido Gelli, a coordenadora da A3P/JBRJ, Marcia Wenzel, que integra a equipe do Núcleo de Educação Ambiental do JBRJ, apresentou o trabalho desenvolvido pela Comissão da A3P da instituição e o conjunto de práticas sustentáveis que o Jardim Botânico já vem adotando nos últimos anos. Marcia falou também sobre o planejamento das ações até 2013. Já a secretária de Meio Ambiente de Mesquita, Kátia Perobelli Ferreira, mostrou como é possível melhorar a administração de uma cidade com a adoção de práticas sustentáveis e ambientalmente corretas e como a população responde positivamente a esse tipo de iniciativa que melhora a qualidade de vida de todos.
O foco da palestra de Samyra Crespo, secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental – SAIC/Ministério do Meio Ambiente, foi o papel da A3P na implementação do Plano de Ação para Consumo e Produção Sustentável. Samyra considera que a A3P deve pensar ações que sejam icônicas para toda a instituição, que “ganhem corações e mentes”, de modo a valorizar a mudança de atitudes, e que possam extrapolar os muros do órgão público. Ela defendeu também que se abram canais para a criatividade das pessoas, bem como se valorize a dimensão da beleza, do prazer e da segurança nos ambientes. “A seriedade não tem que ser feia”, observou. Uma boa notícia dada pela secretária é de que o MMA garantiu que tudo o que os órgãos economizarem com a implementação da A3P, por exemplo, em energia e água, será revertido em receita para a própria instituição.
Na segunda mesa, mediada pelo diretor de Pesquisa Científica do JBRJ, Rogério Gribel, a palestrante Fátima Portilho, do CPDA/UFRRJ, falou sobre as transformações que vêm afetando as práticas de consumo e o estudo desse tema na atualidade. Uma dessas transformações é “a ambientalização e politização do consumo”, ou seja, o uso do consumo como ferramenta de pressão política, que, embora não seja um fenômeno novo, tem ganhado força desde a década de 1990. Para Fátima, o consumo político pode modificar a própria política, bem como as práticas cotidianas mais banais. “Ir ao supermercado hoje pode ser uma atitude política”, afirmou, apontando que falta às pesquisas de consumo quantificarem o consumo político.
Diretor da Conservação Internacional – Brasil e ex-diretor de Pesquisa do JBRJ, Fabio Scarano, focou sua palestra no potencial do Brasil para desenvolver uma economia verde. A equação que esta nova concepção de economia precisa resolver é como aumentar o bem-estar das pessoas sem destruir os recursos naturais. É possível, por exemplo, expandir a produção agrícola do país sem cortar mais árvores? A CI defende que sim, dando maior produtividade aos hectares já explorados e subutilizados, principalmente na pecuária. Scarano também mostrou números do Amapá e do Amazonas que revelam a relação entre uma maior percentagem de áreas protegidas e o aumento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em uma região, reforçando o argumento de que a preservação não impede o desenvolvimento. Segundo o diretor da CI, é preciso trabalhar com governos e empresas para impulsionar a mudança para uma economia verde. “Se empresas e governos mudarem, o mundo muda”, afirmou.
Maria Teresa Gouveia, do Núcleo de Educação Ambiental do JBRJ, foi a última palestrante da manhã. Ela procurou relacionar a Política Nacional de Educação Ambiental com a Política Nacional de Mudanças Climáticas e mostrou como as políticas públicas do país nessa área “não se falam”. Maria Teresa fez uma síntese histórica da questão do aquecimento global e dos principais temas que a Educação Ambiental precisa abordar agora, e ressaltou o papel do educador ambiental como promotor de reflexão.
A primeira mesa da tarde, mediada por David Ramos, foi aberta pela palestra do professor Fernando Altino Medeiros Rodrigues, diretor do Instituto de Química da UERJ. Ele fez uma apresentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, explicando alguns novos conceitos que ela traz, como a diferenciação entre resíduo – material que ainda pode ter algum reaproveitamento – e rejeito – aquele que não apresenta outra possibilidade além da disposição final ambientalmente adequada. Falou também sobre os acordos setoriais e os termos de compromisso regulados pelo decreto 7404/2010.
O representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis – MNCR e da Riocoop, José Luiz de Oliveira Estácio, falou sobre o trabalho dos catadores organizados e as principais conquistas do movimento na última década, como a regularização da profissão com a contribuição previdenciária. Estácio também esclareceu a diferença entre três tipos de catadores – aqueles que trabalham em lixões, os que fazem parte de cooperativas de coleta de ponto em ponto, que é o seu caso, e os catadores informais.
A palestra sobre impactos socioambientais dos resíduos eletroeletrônicos, proferida pelo professor Júlio Carlos Afonso, do Instituto de Química da UFRJ, foi uma das que mais suscitou debate, mostrando que há uma significativa preocupação com esse problema. Chumbo, arsênio, selênio, cádmio e mercúrio são alguns dos componentes perigosos presentes em aparelhos eletroeletrônicos, cuja destinação ainda é uma questão em aberto. Afonso trouxe números da EPA, que mostram que, em 2006, mais de 150 mil computadores se tornaram obsoletos por dia. No Brasil, estima-se que o número de computadores descartados por ano chegue a um milhão. Porém, o primeiro impacto do eletroeletrônico sobre o meio ambiente está em sua produção, que consome uma quantidade desproporcional de recursos naturais.
“No fabrico de um PC, por exemplo, consome-se 1,5 tonelada de água e 22kg de produtos químicos”, revelou Afonso, que considera o atual padrão de consumo de eletroeletrônicos insustentável. Ele defende que é preciso, em primeiro lugar, reduzir o consumo. E a principal saída para o que já foi produzido é recorrer à reciclagem e, quando possível, à reutilização. Por motivos técnicos, os componentes mais difíceis de reciclar são as placas de circuito impresso e os tubos de raios catódicos de TV. “Faltam investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento para reciclagem”, observou. Uma alternativa seria a implantação da logística reversa, em que os revendedores e os fabricantes recebem de volta os produtos obsoletos para reciclagem, mas, no Brasil, isso ainda não funciona. A solução, por enquanto, pode ser recorrer a ONGs que fazem reaproveitamento desses aparelhos, como a CDI, no Rio de Janeiro, que reutiliza produtos de informática.
Também bastante debatida foi a mesa 4, que tratou de licitações sustentáveis, mediada por Célcia Cristina Sávio. Karla Matos, da Secretaria de Estado de Ambiente do Rio de Janeiro – SEA, abordou as Compras Públicas Sustentáveis, traçando uma linha do tempo da responsabilidade ambiental, de seus primórdios até a criação da ISO 26000 em janeiro de 2011. De acordo com Karla, em 2009, o governo federal contratou quase R$ 50 bilhões, o que mostra o potencial das compras públicas para influenciarem o mercado no sentido da sustentabilidade. Os materiais mais comprados nos últimos cinco anos são os de consumo, como papel, passíveis de licitações sustentáveis. No entanto, 50% dos servidores que trabalham com licitações ainda sentem falta de capacitação para realizar compras públicas sustentáveis.
Renato Cader da Silva, diretor de Gestão e presidente interino do JBRJ, fechou o seminário com palestra sobre a experiência da primeira compra compartilhada sustentável do governo federal, realizada pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro com instituições parceiras. O projeto, chamado de Almoxarifado Sustentável, está entre os finalistas do Prêmio Inovação, da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), e foi vencedor do prêmio 5 de Junho – Sustentabilidade na Administração Pública, do Instituto de Negócios Públicos, em julho de 2011. “Mais do que acompanhar a consciência ambiental crescente na sociedade, o gestor público tem que estar à frente dela”, disse Cader.
O diretor de Gestão do JBRJ considera que, apesar de algumas resistências ainda encontradas principalmente na área econômica, já existe hoje um arcabouço legal que permite fazer compras públicas sustentáveis com segurança, como a Lei 12.349 de 2010, que enfatiza o desenvolvimento nacional sustentável e pode ser citada nas licitações. No caso do Almoxarifado Sustentável, a existência de uma rede de gestores formada no Fórum GesRio, de uma A3P constituída e atuante no JBRJ e de uma equipe motivada foi fundamental para o sucesso da iniciativa. O mais trabalhoso, segundo Cader, foi a pesquisa de mercado e o cadastro dos produtos e empresas, mas agora outros órgãos podem se beneficiar da pesquisa já feita. Karina Plaisant, servidora da Diretoria de Gestão que esteve à frente do projeto deu um breve depoimento sobre como foi feito o pregão, as principais dificuldades e também os resultados. Devido ao ganho de escala, a economia com a compra compartilhada sustentável chegou a quase 50% do valor estimado dos produtos.
Acesse abaixo as apresentações em pdf:
Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P de Mesquita/RJ, por Kátia Perobelli Ferreira
Meio ambiente, consumo e cultura política, Fátima Portilho
Gestão de resíduos sólidos – impactos ambientais negativos, por Fernando Altino Medeiros Rodrigues
Impactos socioambientais dos resíduos eletroeletrônicos, por Júlio Carlos Afonso
Compras Públicas Sustentáveis - Eixo Licitações Sustentáveis da A3P, por Karla Matos
Almoxarifado Sustentável JBRJ – Uma experiência de Compra Compartilhada, por Renato Cader da Silva
Centro de Responsabilidade Socioambiental (CRSA)
Logo da Responsabilidade Socioambiental do JBRJ
Centro de Responsabilidade Socioambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Centro de Responsabilidade Socioambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Centro de Responsabilidade Socioambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Centro de Responsabilidade Socioambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Centro de Responsabilidade Socioambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Atividade na Instituição
Momento de convívio
Alunos dos cursos do Projeto Pró-Florescer
Alunos dos cursos do Projeto Pró-Florescer
Vista panorâmica do Jardim Sensorial
Rega do Jardim Sensorial
Material do Simpósio
Centro de Responsabilidade Socioambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Centro de Responsabilidade Socioambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Centro de Responsabilidade Socioambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Centro de Responsabilidade Socioambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Centro de Responsabilidade Socioambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Criado em 1989, o Centro de Responsabilidade Socioambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro tem atuado nas comunidades carentes da região, capacitando jovens de 16 a 18 anos não apenas para o mercado de trabalho, mas principalmente para a vida.
Em nossos projetos, são desenvolvidos a otimização de habilidade, capacidades e virtudes dos jovens atendidos, tais como autonomia, iniciativa, criatividade, segurança em negociação, autovalorização, responsabilidade, solidariedade e outros quesitos pertinentes ao processo de socialização. Além disso, é oferecido aos aprendizes a oportunidade de interação com recursos humanos, tecnológicos e científicos de absoluta distinção, num ambiente de excelência que é o Jardim Botânico.
Desde a sua fundação, já foram atendidos mais de 3 mil participantes, sendo a maioria (em torno de 80%) estudantes do ensino fundamental. Destes, metade tem renda familiar de 1 salário mínimo. Propiciamos a eles uma experiência socioeducativa, que posiciona e educa cada aluno como agente transformador de sua própria história, dotado de uma identidade individual, que além da necessidade de proteção, possui também potencialidades e talentos que precisam ser mobilizados e desenvolvidos.
A qualidade da formação profissionalizante e seu histórico de sucesso se materializam por meio de uma gestão crítica e criativa com competência técnica, política ética e operativa, com uma equipe multidisciplinar capaz de construir parcerias com instituições privadas, públicas e organizações não governamentais, se constituindo como uma rede de serviços preparando o jovem egresso para o mundo do trabalho de acordo com as demandas do território, mas igualmente reconstruindo laços, civilidade e cidadania.
Notícias
Inscrições abertas para o 2º Simpósio de Responsabilidade Social do JBRJ - 18/01/2015
O evento, que acontece de 17 a 19 de novembro, tem como tema "Educação inclusiva e Responsabilidade Socioambiental". Acesse o site do Simpósio.
Unidos pela responsabilidade socioambiental - 01/06/2015
O Conselho do Programa de Responsabilidade Socioambiental do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi empossado pela presidente da instituição, Samyra Crespo, em cerimônia na terça-feira, 26 de maio de 2015, na Escola Nacional de Botânica Tropical.
Missão
O projeto político pedagógico para a capacitação profissional e desenvolvimento humano dos jovens em situação de risco nas comunidades populares do Rio de Janeiro e que circundam a instituição tem o objetivo de ampliar o exercício da cidadania, preparar o aprendiz para o mundo do trabalho e contribuir na continuidade do aprendizado ao longo da vida, além de nortear e consolidar a visão da responsabilidade social do Jardim Botânico.
Aos jovens que participam de suas atividades, o CRS oferece oportunidades de aprendizado e conhecimento de diferentes áreas de trabalho e promove atividades socioeducativas com o objetivo de estabelecer a integridade social, familiar e comunitária. Busca a construção e fortalecimento da cidadania e incentiva os educandos à permanência escolar, mostrando-lhes caminhos e oportunidades por meio do acompanhamento profissional e pedagógico.
No Centro de Responsabilidade Socioambiental, mudamos a história de vida dos jovens através de atividades do Programa Educação e Trabalho, além de favorecer, melhorar e ampliar a visibilidade do Jardim Botânico como referência em responsabilidade social no país. Recomendamos no CRS estratégias para despertar, aprimorar e potencializar o talento de cada jovem.
Histórico
O Jardim Botânico, desde seus primeiros anos, sempre contribuiu de maneira fundamental para promover uma oportunidade de futuro aos jovens em situação de vulnerabilidade e risco através de projetos socioeducativos com ações de formação profissionalizante.
Foi Dom Pedro II quem iniciou a missão ao criar institutos estaduais de agricultura no Rio durante seu reinado. Em 1868, no período imperial, foi inaugurado no Jardim Botânico o Asilo Agrícola da Fazenda Normal com o intuito de educar uma futura geração de agricultores e administradores para estabelecimentos rurais, formando trabalhadores especializados. Os jovens aprendizes recebiam instrução primária e também aulas de ginástica, economia doméstica e ensinamentos religiosos, além das atividades aprendidas na fábrica de chapéus, nas oficinas e no campo, onde desempenhavam algumas funções, tais como a plantação do chá, a cultura do feijão, do arroz e da batata.
Já nos anos 60, quando o conceito de responsabilidade social deixou de ter um caráter pessoal (até então as ações assistencialistas partiam do empresário e não da empresa) e de estar relacionado aos princípios de caridade, o Jardim Botânico criou o CRS – Centro de Responsabilidade Socioambiental. Surge, então, uma nova concepção pautada pelo entendimento de que as companhias estão inseridas em ambiente complexo, onde suas atividades influenciam ou têm impacto sobre diversos agentes sociais, comunidade e sociedade.
Desde o princípio, as iniciativas que vão culminar na criação do Centro de Responsabilidade Socioambiental têm um forte alinhamento com a inclusão sociocultural e cidadania ambiental, na perspectiva das dinâmicas histórias e políticas do período em que acontecem.
O início da atuação acontece em 1989 com o projeto Extra Muros Meninos de Rua/Jardinagem, que atendia moradores de rua de 14 a 18 anos. Já temos nessa primeira iniciativa dois elementos que vão caracterizar a ação do CRS: a atuação em rede, com a articulação de parcerias internas e externas como estratégia de sustentabilidade pedagógica e financeira dos projetos, e uma concepção de educação integral, procurando formas não apenas técnicos e trabalhadores, mas cidadãos, resgatando pessoas de situações de risco e alta vulnerabilidade social.
Metodologia e estrutura
A metodologia desenvolvida nos cursos oferecidos pelo Centro de Responsabilidade Socioambiental está fundamentada nos preceitos de participação, dinamismo e multidisciplinaridade e encontra-se apoiada nos quatro pilares da educação lançados pela Unesco: aprender a ser, aprender a conviver, aprender a fazer e aprender a aprender.
As práticas socioeducativas são construídas por meio de processos e atividades não vinculadas ao sistema de méritos e níveis, típico do sistema escolar formal, e possibilitam aprendizagens articuladas que contribuem para o desenvolvimento pessoal e social de crianças e adolescentes, atualizando e complementando conhecimentos já trazidos por estes de sua vivência familiar e experiência cultural.
Os cursos no CRS são oferecidos de segunda a sexta-feira, em dois turnos, o matutino das 8h às 12h e o vespertino das 13h às 17h. Os jovens participantes recebem auxílio educação, e o valor varia de acordo com o curso.
O espaço atualmente disponibilizado para o centro é uma casa que foi reincorporada ao patrimônio do Jardim Botânico. Ao longo do tempo e com contribuições de variados setores e parceiros, a estrutura foi sendo adaptada para atender as demandas por salas de aulas, espaços de atendimento médico-odontológico, sala de computadores, sala de funcionários, mini auditório, secretaria e atendimento, refeitório e cozinha, biblioteca, jardim para treinamento, viveiro e sala de prática de jardinagem, sala de reunião e banheiros.
Os jovens que participam das atividades do CRS recebem acompanhamento psicológico ao longo de sua permanência no projeto. Inserido no contexto da formação, semanalmente eles têm
conversas com a psicóloga, quando são abordadas questões da família, escola e do próprio jovem em seu desenvolvimento. O projeto ainda conta com uma equipe de saúde voluntária de profissionais antroposóficos.
articulações e parcerias
Uma das características de maior destaque do Centro de Responsabilidade Socioambiental é amplitude das parcerias estabelecidas desde a sua criação. Tais parcerias, oriundas de diversos setores, tem permitido o avanço das ações e possibilitado a melhoria contínua da infraestrutura e dos serviços ofertados. Podemos dizer que o projeto tem sua sustentação numa consistente rede de parceiros internos e externos.
Entre os parceiros formais estão o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, por meio do JECRIM – Juizado Especial Criminal; o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR, Instituto Embelleze, FURNAS, Comunidade Solidária.
Entre as parcerias que estão em construção, mas que já possuem alguma atividade conjunta estão: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro; Tribunal Regional do Trabalho, Associação dos Amigos do Jardim Botânico e as empresas Claro e Still, que fez a adoção anual de 10 jovens no Curso de Jardinagem.
Ao longo da história do CRS, uma importante fonte de recursos tem sido as transações penais, a troca da pena por serviços prestados à comunidade. Mediante os recursos advindos delas, o Centro tem realizado a maior parte das reformas necessárias ao seu bom funcionamento. Entre as reformas já realizadas estão: salas de aula, sala de audiovisual, salas de atendimento médico e odontológico. Mais recentemente, foi feita a reforma do Jardim Sensorial. Assim, as transações penais têm gerado muitos benefícios não só ao CRS, mas ao próprio Jardim Botânico em suas atividades educativas.
Projetos