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Introdução
Introdução a Coleções Biológicas
Introdução a Coleções Biológicas
Introdução a Coleções Biológicas
Introdução a Coleções Biológicas
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Introdução a Coleções Biológicas
Introdução a Coleções Biológicas
Introdução a Coleções Biológicas
Os jardins botânicos são instituições que visam a pesquisa, a conservação vegetal e a educação. Considerados museus vivos, suas coleções permitem que a sociedade conheça a biodiversidade e a importância das plantas para a vida no planeta.
Hoje existem cerca de 33 mil espécies de plantas ameaçadas de extinção ou de empobrecimento genético, enquanto há mais de 2500 jardins botânicos e arboretos no mundo. Em vista disso, os jardins botânicos foram chamados a implementar a Estratégia Mundial para a Conservação de Plantas e a elaborar planos, no sentido de defender a conservação das plantas e atrair a atenção do público, por intermédio de programas educacionais apropriados, com abordagem que privilegiasse a preservação da diversidade genética e o desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro se impõe tanto a missão de “promover, realizar e divulgar o ensino e as pesquisas técnico- científicas sobre os recursos florísticos do Brasil, visando o conhecimento e a conservação da biodiversidade” como a de manter as coleções científicas sob sua responsabilidade.
As coleções do Jardim Botânico do Rio de Janeiro se desenvolve em diversas ações. Os pesquisadores da instituição viajam ao ambiente natural para coletar amostras de plantas. As ramos com flores são dessecados na prensa para formar as “exsicatas”, itens componentes do herbário. Também se coletam frutos, sementes e pedaços de folhas que, colocadas em saquinhos contendo sílica, são processadas pela equipe do Laboratório de DNA. Quando possível, são trazidos ainda amostras de madeira para a Xiloteca. No Laboratório de Sementes, processam-se e estudam-se as sementes que são armazenadas em câmaras de refrigeração; as excedentes são encaminhadas ao Horto Florestal para produção de mudas. Quanto à coleção Entomológica, seu principal objetivo é preservar insetos adultos e também imaturos coletados em plantas do Arboreto, muitos deles causadores de danos a elas, visando o registro e o estudo dessas ocorrências.
Arboreto (Plantas Vivas)
Um jardim botânico difere de outras instituições por manter Coleções de Plantas Vivas devidamente documentadas. Essas Instituições seculares fazem uso de suas Coleções de Plantas Vivas para inúmeras finalidades, visando à geração e difusão de conhecimentos sobre plantas com base na investigação científica.
Além das informações de cunho botânico, que se referem ao nome científico das plantas, muitas vezes os jardins botânicos disponibilizam conhecimentos sobre plantas que fazem parte de nosso dia-a-dia, atreladas à cultura nacional, regional ou local. As informações disponibilizadas explicam a origem e a distribuição da espécie vegetal, seus usos e outras curiosidades.
Assim, um jardim botânico oferece coleções de plantas que se constituem em importantes acervos institucionais, servem como referência para diversos profissionais em suas investigações e propiciam educação e cultura para o público em geral. As plantas vivas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro encontram-se acondicionadas em estufins ou nas casas de vegetação ou dispostas em canteiros na área de visitação do Arboreto.
Bromeliário
O Jardim Botânico do Rio abriga cerca de 15 mil espécimes de bromélias, distribuídos em duas grandes estufas e em canteiros no arboreto. A estufa principal, ou Bromeliário, homenageia o artista plástico e paisagista Roberto Burle Marx. Foi inaugurada em 1975 e remodelada em 2007, visando melhorar as condições climáticas para a conservação das plantas, uma vez que a estufa acolhe a “coleção científica”, composta de 5 mil indivíduos de procedência conhecida. Essa coleção foi e continua sendo formada a partir de expedições científicas de pesquisadores do Jardim Botânico, do Sítio Roberto Burle Marx e de outras instituições nacionais. É composta de 530 espécies de diversas formações brasileiras – Amazônia, Mata Atlântica, restingas, caatingas – assim como exemplares da América do Sul e Central, com ênfase nas espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção, o que faz do Jardim Botânico um centro de referência mundial na conservação da família Bromeliaceae.
Histórico
Há mais de cem anos, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro guarda uma coleção de bromélias entre as plantas de seu acervo. Antigos botânicos da instituição já coletavam essas espécies para pesquisa: Brade, Santos Lima, Kuhlmann, Pereira e Duarte, entre outros.
Em 1975, o Dr. Raulino Reitz, renomado especialista em Bromeliaceae e então diretor do Jardim Botânico, inaugurou o Broméliario Ecológico do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. No mesmo evento, foi fundada a Sociedade Brasileira de Bromélias, com Dr.Reitz eleito presidente e o Dr. Lyman Smith (Smithsonian Institution – EUA) presidente honorário.
Em 1976, o Dr. Felisberto Camargo, estudioso do gênero Ananas (abacaxi), doou ao Broméliario uma coleção das espécies desse gênero, ampliando o acervo da instituição. Os arquivos dessa época registravam a existência de 148 espécies na coleção. Mais recentemente, a coleção foi incrementada por diversas expedições cientificas, entre as quais se destacam as lideradas por Dimitre Sucre e Gustavo Martinelli, realizadas por meio do Projeto Bromélia.
Cactário
A história da coleção de cactos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro teve início por volta de 1912, quando Albert Loefgren organizou e sistematizou os exemplares que havia na instituição. A coleção foi crescendo principalmente por coletas realizadas na natureza em expedições científicas empreendidas por Loefgren ao Nordeste do Brasil.
Na gestão de Paulo Campos Porto (1934-1938), a coleção de cactos ganhou nova força, recebendo novos exemplares, incentivando esse diretor a inaugurar um local definitivo para abrigar essas espécies. Surge então o Cactário, no espaço onde permanece até hoje.
Cleistocactus baumannii - Foto | Alexandre Machado
Carlos Toledo Rizzini, pesquisador do Jardim Botânico a partir de 1946, também foi um importante colaborador do Cactário, tendo empreendido importantes viagens à Caatinga, Cerrado e Campos rupestres do Brasil. Pilosocereus, Cereus e Melocactus são exemplos de gêneros de cactos que parecem ter sido um foco prioritário de coleta durante essas expedições, mas muitas outras espécies de Cactaceae também foram trazidos.
Outros personagens importantes da história do Cactário foram Otto Voll e seu colaborador Curt Backerberg, tendo este último trazido importantes espécies exóticas de suas viagens pelas Américas do Sul e Central.
Espostoopsis dybowskii - Foto | Diego Gonzaga
A partir da década de 1990, o espaço passa por importantes reformas, possibilitadas principalmente por parcerias com a iniciativa privada. Os estufins, a pérgola e a casa sede são inteiramente revitalizados com foco na recuperação e enriquecimento da coleção científica.
Em 2015, visando expandir ainda mais a coleção de plantas do Cactário, qualificar as instalações técnicas das áreas de produção de mudas e valorizar os elementos históricos do Jardim, são realizadas novas obras que dobram a área de visitação e contribuem para a integração do espaço com as demais coleções de seu entorno.
Em 2020, a coleção conta com aproximadamente 400 espécies de cactos e suculentas, sendo 230 de representantes da família Cactaceae. Destas, 64 são espécies ameaçadas de extinção. A coleção está distribuída em cinco estufas, canteiros temáticos, pérgolas e coleção de sombra.
Sendo parte de uma instituição científica, o Cactário tem como objetivo primordial a conservação de espécies nativas que formam a sua coleção científica, ou seja, plantas coletadas na natureza pelos pesquisadores.
Ferocactus glauscescens - Foto | Diego Gonzaga
Entomológica (Insetos)
O acervo entomológico fica situado no Laboratório de Fitossanidade. Seu principal objetivo é preservar insetos adultos e também imaturos coletados em plantas do Arboreto, muitos deles causadores de danos às mesmas, visando o registro e o estudo dessas ocorrências.
Também temos preservados exemplares oriundos de experimentos científicos de levantamento da entomofauna do Jardim Botânico e de outras áreas verdes urbanas, com enfoque em louva-a-deus (Mantodea), formigas e abelhas (Hymenoptera), cupins (Blattodea), coleobrocas (Coleoptera) e mosquitos (Diptera).
Fungos
A coleção de cultura de fungos, iniciado em 2010, visa conservar um dos grupos de organismos promissores em projetos de bioremediação ambiental, os quais exercem importante papel nos ciclos biogeoquímicos, são amplamente utilizados na alimentação, constituem importantes patógenos de plantas de importância econômica ou para a conservação, participam da maioria dos processos biotecnológicos empregados na produção de compostos comerciais ou para transformação de substratos em produtos de maior valor agregado. O acervo preserva estes organismos para estudos atuais e futuros assim como para eventual utilização futura na recomposição de ambientes, na indústria ou em atividades relacionadas. Atualmente o acervo conta com cerca de 250 de fungos em cultura, mantidos por repicagens periódicas, das quais 120 pelo método de água destilada (Castellani) e 22 pelo método de liofilização. A maioria das amostras de fungos foi isolado a partir de plantas com sintomas de doenças fúngicas coletadas em diversos viveiros de mudas utilizadas em reflorestamento. Ultimamente tem sido dada prioridade para isolamentos de fungos potencialmente patogênicos as amostras de sementes preservadas no banco de sementes do Jardim Botânico.
Herbário RB
Um herbário é constituído de uma coleção de “exsicatas”, que são amostras vegetais desidratadas, registradas e armazenadas em condições especiais para sua conservação através dos séculos. Além das exsicatas, muitos outros elementos de origem vegetal podem também fazer parte de um herbário, como por exemplo fragmentos de madeira, frutos, artefatos, lâminas com cortes anatômicos e pólen ou mesmo amostras de DNA.
O acervo inicial do Herbário RB foi constituído de 25.000 amostras doadas por D. Pedro II, mas a história do herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e das demais coleções a ele associadas começou em 25 de março de 1890, no momento em que o naturalista João Barbosa Rodrigues assumiu a direção do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Ao longo do século XX, pesquisadores associados ao JBRJ organizaram várias expedições para coleta de plantas em diferentes regiões do país, incrementando a incorporação de novas amostras e o intercâmbio com herbários nacionais e internacionais. Todo este trabalho propiciou o enriquecimento do acervo, ampliando assim sua importância científica para o conhecimento da flora do Brasil, sendo hoje reconhecido como uma coleção estratégica do país.
Fazem parte desse acervo exemplares de plantas catalogadas e coletadas por famosos pesquisadores da ciência, brasileiros e estrangeiros, como J.Barbosa Rodrigues, A.C. Brade, L.B. Damazio, A.P. Duarte, A.C. Ducke, A. Engler, M. Gardner, A.F.M. Glaziou, E. Goeldi, F.C.P. St. Hilaire, F.C.Hoehne, J. Huber, J.G. Kuhlmann, P. Lutzelburg, G.F.J. Pabst, E. Pereira, R. Reitz, C.T. Rizzini, C.A.W. Schwacke, R. Spruce, E. Ule, D. Sucre, P. Campos Porto, P.K.H. Dusen, J.Kuntze, J. de Saldanha da Gama, entre outros, que se destacaram pelos trabalhos científicos publicados e pelo numeroso acervo de espécies novas descritas para a ciência.
Atualmente, o herbário conta com 750.000 exsicatas de todos os grupos de plantas, algas e fungos, sendo que entre 20 mil e 30 mil novas amostras são incorporadas anualmente. Destaca-se ainda a coleção de typus nomenclaturais, com cerca de 7.500 typus e 3000 paratypus. Todo este precioso acervo pode ser consultado on line por meio dos sistemas Jabot e Herbário Virtual-Reflora.
O Herbário RB contém também as Coleções Históricas, a Carpoteca e a Fototeca - e coleções correlatas - a Xiloteca, a Coleção Etnobotânica e o Banco de DNA.
Curadoria do Herbário
Rafaela Forzza
Marli Pires Morim (substituta)
Banco de DNA de Espécies da Flora Brasileira
O Banco de DNA de Espécies da Flora Brasileira do Jardim Botânico do Rio de Janeiro busca conservar informação genética representativa da alta diversidade da flora brasileira, sendo um registro histórico da variação vegetal e uma base para a conservação e para a biotecnologia.
O principal critério para inclusão de amostras nessa coleção é que sejam provenientes da flora nativa brasileira e que se encaixem em uma ou mais das categorias listadas abaixo:
- espécies relevantes dos diversos biomas;
- espécies raras e/ou ameaçadas;
- espécimes de herbário;
- coleções do arboreto;
- grupos taxonômicos de interesse científico.
As amostras de DNA que compõem a coleção são obtidas de folhas jovens, imediatamente secas em sílica gel, ou coletadas em nitrogênio líquido.
Dadas as inúmeras possibilidades de objetivos e grupos/espécies a serem trabalhados, mais informações sobre a coleta de material no campo (tipo de amostra, quantidade, número de amostras, método de coleta e secagem) podem ser obtidas/discutidas, caso a caso, com a curadoria.
O DNA celular total é extraído através do método descrito por Doyle & Doyle, 1987, com pequenas modificações, produzindo amostras puras o suficiente para não inibir tratamentos enzimáticos. Sua quantidade e qualidade são avaliadas através de eletroforese em gel de agarose e por meio da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) (Sambrook, J. & Russell, D.W., 2001). O DNA extraído é mantido em ultrafreezer, a -80oC.
Amostras de DNA podem ser enviadas para outras instituições de pesquisa ou universidades quando a solicitação, feita pelo pesquisador responsável, for aprovada pela curadoria do Herbário RB.
O Banco de DNA de Espécies da Flora Brasileira do Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi credenciado pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético para atuar como fiel depositário de amostras de componentes do patrimônio genético, conforme publicado no D.O.U por meio da deliberação nº 128 de 1º de setembro de 2005, Seção 1, No 177, página 79. As amostras a serem depositadas no Banco de DNA devem ser acompanhadas de material testemunho e de todas as informações solicitadas.
Bibliografia
Doyle J.J. & Doyle J.L. (1987). A rapid DNA isolation procedure from small quantities of fresh leaf tissues. Phytochem Bull 19:11-15.
Sambrook, J. & Russell, D.W. (2001). Molecular Cloning: A Laboratory Manual, 3rd ed., Cold Spring Harbor Laboratory Press, Cold Spring Harbor, NY.
Curadora: Luciana Ozório Franco
Acesse o Banco de DNA por meio do JABOT
Etnobotânica
A mais recente coleção correlata ao herbário é a Etnobotânica, registrada em 2012 no Índice Herbariorum. É constituída por um acervo de plantas úteis e seus parentes silvestres, bem como artefatos, derivativos e informações relacionadas com a sua utilização das plantas.
O principal objetivo desta coleção é garantir o registro e a preservação do conhecimento relacionado ao uso do vegetal por povos e comunidades tradicionais. Neste sentido, os espécimes vêm sendo adquiridos e incorporados como testemunhos do conhecimento local relacionado à história e uso das espécies.
Considerando as peculiaridades deste acervo, as amostras são reconhecidas por um acrônimo próprio (RBetno) e seguem as regras estabelecidas pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e Lei sobre Acesso a Recursos Genéticos (Brasil 2001), especialmente relacionadas à conservação de recursos genéticos e seu conhecimento tradicional associado. A RBetno também é regida pelos códigos de ética das sociedades profissionais (Declaração de Belém 2004; International Society of Ethnobiology 2006), que tratam da proteção das informações etnobotânicas relacionadas aos materiais registrados.
Curadora: Viviane Stern da Fonseca Kruel
Xiloteca (madeiras)
A xiloteca, um conjunto de amostras preparadas, registradas e incorporadas segundo técnicas específicas para coleções de madeiras integra-se ao herbário. Devido a normas internacionais específicas, possui registro próprio e é reconhecida por seu acrônimo RBw. Seu uso é destinado à pesquisa científica e também como instrumento de consulta e referência para identificação de amostras. Na área científica, uma xiloteca pode subsidiar estudos anatômicos com o xilema (lenho), propriedades físicas e mecânicas e também gerando dados para auxiliar na resolução de problemas taxonômicos, filogenéticos, ecológicos, etc. Como instrumento de consulta para a correta identificação das diversas espécies de madereiras, a xiloteca auxilia profissionais envolvidos com a fiscalização da extração e comercialização de madeiras, solucionando conflitos que ocorrem entre clientes e fornecedores.
A estrutura anatômica da madeira contribui significativamente para o reconhecimento de árvores e arbustos para fins de pesquisas taxonômicas ou filogenéticas, principalmente quando o material reprodutivo (flores e/ou frutos) é ausente ou escasso. Neste contexto, as xilotecas representam uma importante fonte de informação para o pesquisador, fornecendo possiblidades de identificação e resgate de dados sobre procedência, coletores etc.
O ano oficial da criação da xiloteca é 1942. Entretanto, muitas amostras anteriores à sua data de criação são encontradas no acervo. Esse fato se deve à incorporação de antigas coleções, como por exemplo, as amostras doadas por D. Pedro II a Barbosa Rodrigues (Barros et al. 2001). Atualmente, há 28 xilotecas no Brasil, e a do Jardim Botânico do Rio de Janeiro é uma das mais importantes (Barros & Coradin 2005). Seu acervo possui 9.650, todas informatizadas, amostras e uma coleção de lâminas com 26 mil unidades.
Curadora: Neusa Tamaio
História da Xiloteca
Os primeiros relatos sobre a existência de uma coleção de madeira no Jardim Botânico do Rio de Janeiro são de Barbosa Rodrigues, que reuniu amostras doadas pelo imperador D. Pedro II a outras amostras de madeira encontradas no próprio Jardim Botânico, sem qualquer tipo de organização. Essas madeiras constituíram parte da primeira coleção do Museu Botânico, criado em 1890. Ao que tudo indica, a coleção de madeiras do Museu Botânico foi enriquecida ao longo dos anos por coletas dos naturalistas viajantes, cargo criado no Jardim Botânico naquele mesmo ano (Decreto 518 – 23 de junho de 1890). A coleção atual não guarda qualquer registro dessas coletas, visto que muitas das madeiras registradas não possuem informações sobre o coletor ou a data de coleta. Os registros mais antigos da Xiloteca do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro são provenientes de coletas de destacados pesquisadores do Jardim Botânico da primeira metade do século XX, como Adolpho Ducke, Geraldo Kuhlmann, Alexandre Curt Brade, Occhioni e outros.
A Xiloteca do Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi iniciada oficialmente em 1942. Seu primeiro registro é referente a Dyctioloma incannescens (Rutaceae), coletada por Kuhlmann em março de 1939. Como existem muitas amostras coletadas em datas anteriores e praticamente todos os documentos que normatizam as funções do Jardim Botânico no início do século fazem referência à presença de amostras de madeira como parte do acervo, pode-se deduzir que a atual coleção resulta de uma fusão de coleções preexistentes, provavelmente mantidas pelos anatomistas da madeira que trabalharam nos antigos Instituto de Biologia Vegetal e no Serviço Florestal. A amostra de madeira mais antiga da coleção é Peltogyne campestris coletada por Ducke no Pará em 19 de abril de 1911.
O período compreendido entre 1918 e 1966 representa a fase áurea dos estudos anatômicos da madeira no Jardim Botânico. Alberto Löfgren, contratado em 1918, foi o primeiro pesquisador da casa a realizar trabalhos de anatomia de madeiras. Na década de 20, o laboratório de anatomia foi organizado pelo eminente microscopista Luiz Gurgel, que permitiu a realização de trabalhos de microscopia óptica mais acurados. Em 1931, Fernando Romano Milanez e Arthur de Miranda Bastos, pesquisadores da casa, foram sócios fundadores da International Association of Wood Anatomists (IAWA), associação que até hoje congrega os anatomistas da madeira do mundo todo. Dentre outras atividades por eles desenvolvidas, merecem destaque a tradução das primeiras normas para descrição de madeiras e a organização, em 1936, da primeira reunião de anatomistas da madeira, que contou com participantes do Brasil e do exterior. No início dos anos 60, foi montado um laboratório de microscopia eletrônica no Jardim Botânico por Raul Dodsworth Machado, que se dedicou junto com o dr. Milanez aos estudos de citologia vegetal das madeiras brasileiras. A intensa atividade e a constante discussão dos temas ligados à anatomia da madeira, com pesquisadores nacionais e internacionais, provavelmente influenciaram na criação de uma coleção de madeiras com informações mais precisas sobre os locais de coleta, datas etc. O pesquisador Armando de Matos Filho foi o responsável por executar essa nova organização da coleção, criando os arquivos e registrando as amostras de madeira. A grande maioria das fichas do arquivo atual foram confeccionadas de seu próprio punho.
Pode-se dizer que os anos 70 marcaram o período de decadência da anatomia da madeira no Jardim Botânico. Durante esses anos a instituição contou apenas com os pesquisadores Armando de Mattos Filho e Paulo Agostinho de Mattos Araújo, que mantiveram as pesquisas e a coleção, porém sem a mesma intensa atividade das décadas passadas. Até 1983, todas as informações referentes às madeiras da Xiloteca estavam encerradas em fichas reunidas em arquivos, o que resultou no extravio de informações sobre cerca de 100 amostras. Nessa época, a coleção passou a ser coordenada pela dra. Cecília Gonçalves Costa, que criou o seu livro de tombo, resgatando informações de todas as fichas já registradas. Foi a dra. Cecília a grande idealizadora da revitalização da coleção no final dos anos 80, desempenhando papel preponderante na formação dos pesquisadores que hoje da atuam no Programa Mata Atlântica, desenvolvendo pesquisas em anatomia vegetal. Essa equipe reimplantou na instituição a linha de pesquisa em anatomia da madeira em um momento em que o Jardim Botânico, há quase 5 anos, já não contava com essa especialidade devido à aposentadoria do Dr. Armando de Matos Filho e à morte do Dr. Paulo Agostinho de Mattos Araújo.
Atualmente a Xiloteca possui cerca de 8200 amostras de madeira de 160 famílias e aproximadamente 35.000 lâminas obtidas de 2200 indivíduos. A coleção está organizada em armários de aço por ordem numérica de registro e suas respectivas fichas ordenadas de duas formas: (1) de acordo com o registro numérico das amostras e (2) em ordem alfabética de famílias taxonômicas. Existe ainda um registro numérico das lâminas histológicas.
Ao longo dos anos, a Xiloteca também tem recebido muitas doações e permutas, que merecem destaque por proporcionarem o enriquecimento da coleção com amostras exóticas ou de outras regiões do Brasil. O maior número de amostras doadas (978) é proveniente da Xiloteca de Yale, com madeiras do mundo todo, coletadas no período de 1929 a 1945. Muitas dessas amostras foram utilizadas pelo anatomista da madeira Samuel J. Record para a confecção das chaves de identificação de seus livros. A Xiloteca possui ainda uma coleção de 44 madeiras coletadas por Paulo de Campos Porto em 1948, especialmente para a confecção das famosas chaves de Record, publicadas em Tropical Woods. Existem ainda doações do Smithsonian Institute, com 427 amostras das Américas coletadas em 1961; 185 amostras coletadas por B. A. Krukoff no Amazonas, doadas pelo Museum of Natural History e pelo U. S. National Herbarium, e doações do New York Botanical Garden de coletas realizadas no Pará e Amapá no período de 1961 e 1963 com cerca de 267 amostras.
A Xiloteca do Jardim Botânico do Rio de Janeiro possui maior representatividade para os estados da Região Norte do Brasil, o que reflete os interesses dos pesquisadores da instituição, principlamente até a década de 70. Atualmente, a tendência da coleção continua sendo a regionalização dos registros oriundos de viagens de campo, voltadas porém neste momento para o Estado do Rio de Janeiro e as diferentes formações vegetais que integram a Floresta Atlântica. Esta regionalização é de certa forma atenuada com a permuta de amostras com instituições congêneres nacionais e estrangeiras, que contribuem para o enriquecimento da coleção.
Identificação de plantas
Este serviço é oferecido a:
a) pessoa física
b) pessoa jurídica: serviço a empresas na identificação e incorporação de amostras de licenciamento ambiental no RB
Localização: Aleia John Wills, próximo ao portão da rua Pacheco Leão, 915.
Contato:
• Internet (a e b):
Enviar e-mail rb@jbrj.gov.br solicitando o agendamento com a devida identificação, como: aluno, professor, particular e empresas.
• Carta (a):
Enviar solicitação de agendamento ou envio de amostras para serem identificadas, para o endereço:
Curadoria do Herbário - Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Rua Pacheco Leão, 915 – Jardim Botânico
Cep: 22460-030 - Rio de Janeiro, RJ
• Presencial (a e b):
A recepcionista encaminhará ao prédio do Herbário para ser atendido pela secretária.
Horário de Atendimento:
• Internet: 24h
• Telefone: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h
• Presencial: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h
Prazo para resposta:
a) de 24h a 48h (dias úteis) do recebimento das amostras e do agendamento.
b) acesse a Portaria JBRJ n º 089/2010, de 09 de junho de 2010
Procedimento:
a) o Herbário recebe a carta e dará as devidas providencias para a análise da amostra;
b) acesse a Portaria JBRJ n º 089/2010, de 09 de junho de 2010
Tempo de atendimento do serviço:
a) as amostras recebidas por carta levam até 15 dias, dependendo do número de amostras enviadas;
b) o prazo depende da quantidade de amostras a serem identificadas
Sugestões e reclamações:
Pelo e-mail rb@jbrj.gov.br ou diretamente com a curadora.
Visitas guiadas ao Herbário
(Carpoteca, Xiloteca, Tipos Nomenclaturais, Banco de DNA)
Localização: O prédio do Herbário se localiza na aléia John Wills, próximo ao portão da rua Pacheco Leão, nº 915
Contato:
• Internet:
Solicitar por e-mail (rb@jbrj.gov.br), informando qual o objetivo da visita, número de pessoas, horário, nome da Instituição Científica e/ou curso de Formação, Básico ou Universitário.
• Carta:
Com antecedência de uma semana, enviar para o endereço:
Curadoria do Herbário - Jardim Botânico do Rio de Janeiro
R. Pacheco Leão, 915 – Jardim Botânico
Cep: 22460-030 - Rio de Janeiro, RJ
• Presencial:
A recepcionista encaminhará o visitante ao prédio do Herbário para atendimento pela secretária.
Horário de Atendimento:
• Internet: 24h
•Presencial: De segunda a sexta-feira das 8h às 17h
Prazo para resposta: De 24h a 48h (dias úteis)
Procedimento:
O visitante será recebido pelo curador ou vice ou herborizador, que fará apresentação da exposição permanente, de um DVD e das coleções da carpoteca, xiloteca, tipos nomenclaturais e bancos de DNA.
Tempo de atendimento do serviço: no mínimo 40 minutos.
Sugestões e reclamações:
Pelo e-mail rb@jbrj.gov.br ou diretamente com a curadora.
Meliponário
Criado em 2010, o Meliponário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ)abriga 25 colmeias de abelhas sem ferrão das espécies: Uruçu-amarela, Mandaguari, Plebeias, Boca-de-sapo Jataí, Mandaçaia, Mirim, Iraí e Guaraipo, todas com ocorrência natural no estado do Rio de Janeiro.
Um levantamento feito sobre a presença destas abelhas na Mata Atlântica mostrou que o Estado do Rio de Janeiro aparece entre os mais ricos, com cerca de 20 espécies. Só no Jardim Botânico do Rio de Janeiro já foram encontradas mais de 13 espécies.
As abelhas sem ferrão, chamadas assim por possuírem o ferrão atrofiado, são essenciais para a sobrevivência de uma grande parcela das plantas nativas, que incluem desde espécies de porte rasteiro até árvores de grande porte. Nas florestas brasileiras estas abelhas são os principais agentes de transporte de pólen e fecundação de 40 a 90% das árvores.
No Brasil há mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão, mas estima-se que aproximadamente 100 delas estão seriamente ameaçadas de extinção. As ameaças são pela poluição do ar e das águas, eliminação das florestas, destruição dos ninhos para retirar o mel medicinal de sabor e doçura inigualáveis, ou em virtude da quebra da cadeia ecológica.
E foi pensando na preservação destas colmeias, que já existem no arboreto, no estímulo à população destas espécies e no despertar do interesse do público sobre o universo destas grandes polinizadoras que o Jardim Botânico propicia mais este espaço de conhecimento para o visitante.
Responsável: Maria Lucia França Teixeira Moscatelli, possui engenharia agronômica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1989), mestrado em Agronomia (Biologia do Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1993) e doutorado em Agronomia (Biologia do Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1998).
Coleção de Orquídeas
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro tem uma significativa coleção de orquídeas brasileiras, assim como de espécies de diversas origens e híbridos. Sendo parte de uma instituição científica, o Orquidário tem como objetivo primordial o cultivo de orquídeas que formam a sua coleção científica, ou seja, plantas coletadas na natureza pelos pesquisadores e alunos da Escola Nacional de Botânica Tropical para fins de estudo.
Paralelamente a isto, a coleção procura atender às expectativas dos visitantes, oferecendo ao público a possibilidade de conhecer a grande diversidade da família Orchidaceae, seja na forma, na cor, no odor, no seu hábito vegetativo (terrestres, rupícolas e epífitas), exemplares originados de diferentes regiões e biomas do Brasil, assim como de diversas partes do mundo.
O público pode usufruir dos odores e da beleza de flores de forte apelo visual, assim como conhecer um outro universo das orquídeas, onde há flores diminutas e de beleza delicada, de formas estranhas e de coloridos diferenciados.
Em 2020, a coleção conta com cerca de 7.300 espécimes (indivíduos). O maior número é de espécies nativas. São 470 espécies diferentes distribuídas em 90 gêneros.
O Orquidário é composto de espaços de acesso ao público e outros somente de cultivo (acesso aberto apenas a pesquisadores).
A estufa de vidro é ícone do Jardim Botânico e compõe, com o Jardim das Orquídeas (área externa em torno que é aberta das 16 às 18 horas), os locais de visitação. O cultivo é feito em locais fechados como o ripado e três estufas, sendo uma delas climatizada para permitir o cultivo de plantas de clima mais ameno.
A área externa apresenta canteiros e caminhos específicos reproduzindo livremente biomas e habitats brasileiros (restinga, afloramentos rochosos, Chapada Diamantina, canteiros rupícolas, Mata Atlântica e Amazônia) e representantes dos diversos continentes.
Toda a área de visitação (interna e externa) é planejada no sentido de promover uma floração sucessiva para que o público possa aproveitar a diversidade de flores, cores e odores durante o ano todo. Nem todas as plantas estarão floridas ao mesmo tempo, pois cada uma tem a sua época, mas durante todo o ano as diversas florações vão se suceder, como ocorre na natureza.
História - dos séculos XIX ao XXI
Em 1809, ou seja, um ano após a fundação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, foi feita a importação da orquídea Renanthera coccinea, na época conhecida como Flor de Coral da Índia. Ainda hoje é encontrada no arboreto e no Orquidário.
Em 1893, João Barbosa Rodrigues, em seu livro “Hortus Fluminensis”, recupera esta informação e fala também da presença de orquídeas nativas nos estipes das palmeiras.
Em 1890, Barbosa Rodrigues, estudioso das orquídeas, tornara-se diretor do Jardim Botânico, permanecendo por 20 anos. Ele deu um novo impulso à pesquisa científica com a organização das estufas, a criação do herbário e da biblioteca.
Em 1901, no livro “Contributions du Jardim Botanique do Rio de Janeiro”, ele descreveu algumas espécies encontradas dentro da área do Jardim Botânico.
Em 1908, foram edificadas duas estufas. Uma delas destinava-se à recém formada coleção de orquídeas. A outra, construída seguindo o modelo inglês em madeira e com formato octogonal, era destinada às plantas de salão. Em 1930, ela foi refeita em ferro e vidro, mantendo o formato original, hoje destinada à visitação e ao cultivo de orquídeas.
A publicação da Flora Brasiliensis de Cogniaux teve, no seu capítulo sobre orquídeas, uma importante contribuição de Barbosa Rodrigues.
Em 1915, o naturalista Paulo Campos Porto publicou um artigo no periódico “Archivos do Jardim Botânico’, com o título de “Contribuição para o conhecimento da Flora Orchidacea da Serra do Itatiaia".
Em 1923, a Vanilla foi introduzida.
Na década de 30, diversos registros são encontrados nas edições da revista “Rodriguésia”. Paula Parreiras Horta, que trabalhava no JBRJ, publicou uma nota informando que o orquidário possuía 1200 exemplares de orquídeas que se multiplicaram e , em 1935, atingiram um total de 10.000 espécimes, representativos de 300 espécies.
A floração de Sophronitis cernua nas palmeiras e nas mangueiras também foi registrada. Campos Porto publicou o artigo “Plantas indígenas e exóticas provenientes da Amazônia, cultivadas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro”, onde relata as tentativas feitas, entre 1890 e 1908, para introduzir espécies da região amazônica, nem todas ainda perfeitamente aclimatadas, e relaciona algumas espécies presentes na coleção.
Em 1936, Agostinho Madeira Moreira, residente em Niterói, enriqueceu a coleção doando exemplares de várias espécies de orquidáceas brasileiras.
Até a década de 50, quando foi construído o ripado, a maioria das orquídeas era cultivadas ao ar livre em troncos vivos, especialmente dracenas (Dracaena).
Em setembro de 1971, na 1ª. Reunião do Conselho de Administração, o diretor do JRBJ, Padre Raulino Reitz, expõe seu Plano de Reformas e Novos Projetos onde consta a Reforma do estufa do Orquidário e a reforma do ripado (Rodriguesia, 1974).
Nos anos 90/91, Waldemar Schelliga, vice-presidente da OrquidaRio, Orquidófilos Associados, na gestão de Raimundo Mesquita, iniciou a recuperação do Orquidário e promoveu o treinamento do pessoal. O espaço foi reinaugurado em 1991, com doações de plantas e materiais por associados da OrquidaRio e por orquidários comerciais.
Em 1995, a bióloga Marta Morais assumiu como responsável pelo Orquidário e assim permaneceu até 2014.
Em 1998, depois de passar por uma reforma e ampliação da estrutura física, o orquidário foi reinaugurado.
Em 2012, o Orquidário recebeu duas estufas fechadas sendo uma delas climatizada para abrigar plantas de clima mais frio.
A partir de 2015, a filosofia do Orquidário tomou novos rumos ampliando os espaços de cultivo e tendo como meta desenvolver sua vocação educacional, levando até o público o conhecimento da diversidade da família Orchidaceae.
Desde 2003, são realizadas duas exposições por ano, organizadas pela OrquidaRio – Orquidófilos Associados.
Pesquisa efetuada por Maria Antonia Malajovich e Delfina de Araujo.
Espaços do Orquidário
O Orquidário é composto de edificações e um jardim. Quatro edificações, três casas de vegetação e o ripado são exclusivos de cultivo. A estufa de vidro e um jardim (área externa em torno), abertos à visitação, são destinadas ao cultivo e à exposição.
O Orquidário também tem como meta desenvolver sua vocação educacional, levando até o público o conhecimento sobre a família Orchidaceae. Isto é feito de uma forma lúdica, estimulando o aprendizado através de passeios pelos diversos sítios, canteiros e circuitos específicos tanto na área interna quanto na externa. As placas interpretativas aportam informações aos visitantes e despertam sua curiosidade sobre a grande diversidade desta família, seja na distribuição geográfica no Brasil e no mundo, na multiplicidade de cores, formas, odores e tamanho de suas flores, nas diferentes formas de suas folhas, de seu crescimento como rupícolas (sobre as rochas), terrestres e, principalmente, como epífita.
Visitas guiadas são oferecidas em diversos idiomas com agendamento prévio no local.
Áreas de visitação
Estufa de vidro
É uma área destinada ao cultivo e, ao mesmo tempo, à exposição de plantas floridas cultivadas no Orquidário. As florações se sucedem de acordo com as estações de ano e não ocorrem ao mesmo tempo. Duas grandes exposições por ano são realizadas em suas dependências, no mês de maio e no mês de setembro organizadas pela OrquidaRio – Orquidófilos Associados com a participação de colecionadores particulares, associações orquidófilas e orquidários comerciais.
Área externa - Jardim das Orquídeas
Aberto das 16 às 18 horas.
Apresenta um panorama da ocorrência das orquídeas no Brasil e no mundo e permite um rico passeio para conhecê-las na natureza. É dividida em setores, com canteiros e circuitos temáticos, pequenas reproduções livres que englobam orquídeas de Biomas, de regiões, de habitats específicos e dos continentes: Bioma Mata Atlântica, Chapada Diamantina, áreas de restinga (onde crescem sobre a areia), América Tropical (Do México à Argentina), Ásia e Oceania, África e Madagascar, assim como um setor dedicado aos híbridos, uma importante característica desta família. Os Biomas Amazônia e Cerrado estão em fase de criação e os Biomas Caatinga e Pantanal fazem parte dos projetos futuros.
No canteiro dedicado aos “Afloramentos Rochosos”, encontram-se as orquídeas que crescem sobre as rochas, com destaque para a Cattleya lobata (Laelia lobata) a mais carioca das orquídeas cuja área de ocorrência é a Pedra da Gávea e morros adjacentes assim como o morro do Pão de Açúcar. Floresce na primavera e, às vezes, no outono.
Iniciados em 2016, os setores foram ampliados em 2019 com o grande lote de orquídeas em doação de Maria do Rosário Almeida Braga, quando o circuito de orquídeas da Mata Atlântica foi especialmente enriquecido.
AREAS EXCLUSIVAS DE CULTIVO
Com acesso limitado aos cultivadores e pesquisadores.
Ripado
Área de cultivo de orquídeas que se adaptam ao clima quente.
Três casas de vegetação
A casa de vegetação climatizada tem um sistema de refrigeração que permite cultivar as orquídeas originárias de altitude, sobretudo as plantas de coleta para fins científicos.
A casa de vegetação não climatizada é fechada com sistema de tela que permite a ventilação natural e nela são cultivadas orquídeas de clima quente de coleta ou de aquisições diversas.
Uma pequena casa de vegetação, denominada quarentena, é fechada com tela apropriada para impedir a passagem de insetos e é destinada a plantas recém-coletada, plantas recebidas em doações, compras e permutas que precisam passar por um período de observação antes de entrarem na coleção.
Projeta-se construir uma quarta casa de vegetação.
Banco de sementes para a conservação da biodiversidade
Apresentação
O armazenamento de sementes é uma das estratégias mais eficientes e práticas de conservação ex situ (fora do local de origem da espécie) da biodiversidade, principalmente quando as espécies se reproduzem de forma sexuada (por sementes). Essa técnica é frequentemente usada como complemento aos métodos de conservação in situ (no local de origem), mas pode ser a única opção de conservação para algumas espécies raras e ameaçadas de extinção.
Por que conservar as espécies em bancos de sementes?
• Dentre as técnicas de conservação ex situ, o armazenamento de sementes é a que ocupa menos espaço e a de menor custo, especialmente para as espécies que produzem sementes tolerantes à secagem (ortodoxas);
• As sementes podem ser armazenadas por longos períodos de tempo;
• Se coletadas de forma adequada, as sementes armazenadas representam maior diversidade genética que plantas em outras coleções vivas;
• Ao contrário da retirada de plantas inteiras da natureza ou de suas partes vegetativas, e se coletadas de forma adequada, a coleta de sementes causa pouco impacto à população de uma espécie ameaçada de extinção.
Como funcionam os bancos de sementes?
Após a sua coleta, registro e beneficiamento, as sementes são avaliadas quanto às suas características físicas e fisiológicas (massa, teor de água, viabilidade, etc.). Posteriormente, as sementes são desidratadas (sala de secagem: 18°C; 18% URar) até que seu teor de água alcance níveis baixos (cerca de 5%). Ao final dessa etapa, as sementes são acondicionadas em embalagens herméticas e armazenadas em temperaturas subzero (-20°C), reduzindo seu metabolismo e permitindo a conservação de sua viabilidade por longo tempo.
As sementes de espécies (i) ameaçadas, (ii) endêmicas, (iii) medicinais, (iv) utilizadas para a restauração ecológica e reabilitação do ambiente e (v) de importância econômica local são prioritárias para a conservação em bancos de sementes.
Curadoria
O Laboratório de Sementes do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro desenvolve o enriquecimento do Banco de Sementes por meio da coleta e intercâmbio de sementes, assim como pesquisas para a conservação de sementes de espécies nativas.
Index Seminum
O Banco de Sementes realiza o intercâmbio de sementes somente com instituições científicas nacionais (jardins botânicos, universidades, centros de pesquisa, etc.), através do INDEX SEMINUM
Venda de sementes
O Banco de Sementes não vende nem faz doação de sementes para particulares.
Links para outros Bancos de Sementes
Millennium Seed Bank – Kew Royal Botanic Garden
The Australian National Botanic Gardens National Seed Bank
Curador:
Dr. Antônio Carlos Silva de Andrade
Contato:
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